Na última terça-feira (15), os controladores da Taurus venderam as ações da companhia.
As ações da Taurus foram vendidas no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de arma no Brasil.
De acordo com o comunicado da empresa, a Tauruspar Participações, controladora da companhia, vendeu no último pregão:
- 260 mil ações ordinárias;
- 923 mil ações preferenciais.
Desta forma, foram vendidas 0,56% de participações preferenciais e 3,27% de participações ordinárias.
A Tauruspar disse que a ação foi realizada para obter mais capital e não vai alterar o comando da empresa. “Transação foi efetuada para obtenção de recursos financeiros e não objetiva alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia”.
Ações da Taurus
Eram boas as expectativas em relação a um possível investimento do governo em segurança pública e maior liberdade em relação ao posse de armas. Desta forma, as ações preferenciais da Taurus (FJTA4) apontaram um crescimento de 104,94% em 2019. No ano anterior, já haviam obtido alta de 88,37%.
Além disso, os papéis ordinários (FJTA3) da empresa registraram alta de 85,80% em 2019, após subirem 146,91% em 2018.
A Tauruspar detêm 45.739.340 ações da Taurus, equivalente a 61,24% do capital social da companhia.
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Depois do decreto
O decreto de posse armas permite que um cidadão tenha um arma de fogo em casa ou no trabalho, caso seja o responsável pelo estabelecimento.
Desta forma, após a assinatura do decreto, na última terça-feira (15), as ações da fabricante Taurus Armas tiveram queda de 20%.
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No entanto, esta quarta-feira (16) não está sendo diferente. Por volta das 15h as ações da empresa apontaram uma desvalorização de 20,62%, sendo cotadas a R$ 5,12.
Mudança de nome
A Forjas Taurus alterou sua razão social para Taurus Armas S.A., na última segunda feira (14).
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De acordo com o comunicado da Taurus, a modificação tinha como objetivo retirar o “Forjas” do nome uma vez que a atividade não é mais exercida pela empresa.
No entanto, quando o novo registro foi enviado à Junta Comercial do Rio Grande do Sul, foi pedido um acréscimo na razão social. Desta forma, o que seria Taurus S.A. se tornou Taurus Armas S.A..
Conforme disse o diretor-presidente da empresa, Salesio Nuhs, a mudança de nome faz parte da reestruturação da empresa que pretende ter uma nova identidade. “Faz parte do processo de reestruturação que a empresa está vivendo, baseado no tripé estratégico rentabilidade sustentável, qualidade dos produtos e melhora dos indicadores financeiros e operacionais”.
Além disso, segundo o comunicado, “a mudança corrobora com a estratégia da empresa em focar no seu principal negócio, a produção e venda de armas”.
Defeitos de armamento
Fundada em 1939, a Taurus trabalhava apenas com forjaria, até que no ano seguinte passou a fabricar revólveres.
Atualmente, a Taurus S.A. é a maior fornecedora de armamento para as Forças Armadas e as polícias estaduais e federais. A empresa produz:
- Fuzis
- Submetralhadoras
- Pistolas
No entanto, os revólveres apontam uma série de defeitos. Em testes realizados pelo Ministério do Trabalho, foram apontados os seguintes problemas em alguns equipamentos:
- Travamento do gatilho ao ser puxado;
- Gatilho dispara sozinho.
Além disso, outro problema constatado é da arma disparar uma rajada de tiros com um único acionamento do gatilho. (vídeo abaixo).
Nas primeiras semanas de 2019, as ações da Taurus acumularam alta de 46%. No entanto, isso não suficiente para melhorar as condições da empresa, que no balanço mais recente, registrou um prejuízo de R$ 44,6 milhões.
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