Tarcísio reitera críticas à reforma tributária e ‘incentivos equivocados’

O governador de São Paulo (SP), Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou frontalmente – e não pela primeira vez – o atual texto da reforma tributária.

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Durante o evento Fórum Político, da XP Investimentos, Tarcísio declarou que a reforma tributária cria incentivos equivocados – em referência aos jabutis aprovados na reta final que desagradaram especialmente os governadores do Sul e Sudeste.

“Eu disse e digo de novo: o deputado de São Paulo que votar a favor da do texto da reforma tributária está votando contra os interesses do estado de São Paulo”, disse o governador.

Segundo o político, atualmente os estados têm que escolher entre “sangrar mais” os segmentos que estão passando por problemas no momento atual ou abrir mão de grandes cifras no futuro.

“Criamos uma proxy ruim na reforma tributária. Temos um período de transição em que a divisão do bolo vai se dar pela participação de cada ente em uma fotografia que vai ser tirada no período de 2024 a 2028. Isso incentiva entes a aumentar alíquota”, declarou durante o evento da XP Investimentos.

Sobre os benefícios fiscais criados que beneficiam estados em específico – como os inseridos na reforma e que criam benefícios para a indústria automotiva em alguns estados, ou mais mudanças na Zona Franca de Manaus -, o governador questionou: “Vamos criar mais uma impedância? Mais uma ineficiência?”

O líder do executivo paulista ainda acrescentou que a inserção de “puxadinhos” que dão continuidade à guerra fiscal são vistos como uma sinalização negativa e prejudicam São Paulo.

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Tarcísio: Tem indústria sem encomenda neste fim de ano e aumentar ICMS agora seria uma covardia

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), assegurou nesta segunda-feira, 11, que não pretende elevar alíquotas de ICMS do Estado. Durante fórum da XP, ele disse que seria covardia aumentar imposto num momento em que algumas indústrias estão sem encomendas.

Sem motivos para acreditar em aumento estrutural da arrecadação, que já está em baixa, Tarcísio prometeu enfrentar a situação com cortes de gastos.

“A questão não é mais se cortar gastos é possível, temos de cortar gastos”, declarou.

‘Se quiser universalizar saneamento, tem de privatizar Sabesp’

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira, 11, que, o objetivo da privatização da Sabesp, aprovada na semana passada pela Assembleia Legislativa de São Paulo, é fazer com que o fornecimento de água potável e tratamento de esgoto cheguem a todos. “Para fazer omelete, tem de quebrar ovos. Se quiser universalizar o saneamento, tem de privatizar”, declarou.

O governador comentou que a privatização da Sabesp não tem objetivo arrecadatório. Se fosse o caso, emendou, o processo não incluiria um fundo para universalização do saneamento, que, conforme o projeto, vai receber 30% do valor levantado com a venda das ações.

“Se fosse arrecadatório, venderíamos a Sabesp inteira … Estamos trazendo um parceiro”, acrescentou o governador, pontuando que o governo busca um investidor que olhe para o crescimento da empresa no longo prazo.

Segundo o governador, com a privatização da companhia de saneamento, a tarifa dos serviços prestados pela Sabesp deve subir, porém menos do que subiria sem a desestatização.

Segundo Tarcísio, a expansão da base de ativos da companhia a partir da privatização não implicará em uma expansão proporcional de tarifas. O governador não descartou a possibilidade de judicialização. Ressaltou, porém, que a qualidade do processo deve assegurar a conclusão da operação.

Tarcísio também disse não ter receio de o processo de venda da Sabesp ser prejudicado pelas eleições municipais de outubro do ano que vem. “Até lá, o processo terá ocorrido”, assinalou.

Se estados não cortarem gastos, vão quebrar, diz Tarcísio

Durante o evento, o governador de São Paulo ainda declarou que “se os estados não cortarem gastos, vão quebrar, e vão quebrar mesmo”.

Segundo o líder do executivo estadual, apesar das questões ideológicas, as medidas de autoridade fiscal se fazem plenamente necessários.

“Temos que cortar gastos, e vamos cortar. É difícil porque tem oposição, tem reação, mas independente da dor de cabeça temos que cortar, porque do contrário o Estado vai pagar uma conta muito salgada lá na frente”, disse Tarcísio.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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