O governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) teria convidado o atual ministro da Economia Paulo Guedes para assumir o cargo de Secretário da Fazenda no estado. Guedes, no entanto, estaria relutante em assumir a posição. As informações são da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Segundo fontes, Paulo Guedes teria respondido que ainda ainda está refletindo sobre o que fará a partir de 31 de dezembro, quando o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL) termina.
O coordenador da transição Guilherme Afif Domingos (PSD) ficou com a responsabilidade de convencer Paulo Guedes, a pedido de Tarcísio. Ambos são amigos e trabalharam juntos no Ministério da Economia.
Fontes apontam, no entanto, que “ainda é pouco provável” que Guedes tope assumir o cargo no momento.
Desempenho da economia foi bem melhor conosco, afirma Guedes
A poucos meses do fim, o governo Bolsonaro devolverá o país com superávit primário, afirma Paulo Guedes. O ministro da Economia destacou que, durante sua gestão, o teto de gastos foi respeitado.
“Teoria econômica aplicada funciona. Colocamos o Brasil no caminho da prosperidade. Comparado ao período anterior, quando não houve pandemia de Covid-19 e guerra geopolítica, o desempenho da economia foi melhor conosco do que antes. Chegamos falando que o Estado brasileiro gasta muito e gasta mal. Cortamos privilégios com a reforma da Previdência“, disse.
Guedes declarou que o teto de gastos foi mal construído, ainda que a premissa, segundo ele, esteja correta. Com o aumento de gastos nos últimos 30 anos, era necessário reduzir esse ritmo de expansão. Entretanto, ele criticou o fato de a norma não ter mecanismos para distribuição de recursos em momentos de bonança ou de crises.
Guedes ainda classificou como “ignorância e incapacidade técnica” a declaração de que há um conflito entre responsabilidade fiscal e social. Pois, de acordo com ele, o maior programa de responsabilidade social do Brasil foi criado pelo governo Jair Bolsonaro.