Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, respectivamente CEO e presidente do conselho da TAP Air Portugal, foram demitidos por “justa causa” pelo governo português, acionista majoritário do negócio. O anúncio foi feito na segunda (6) pelo ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina.
A companhia aérea está em uma situação financeira delicada e as demissões ocorreram após a Inspeção Geral de Finanças (IGF) identificar irregularidades na gestão da companhia.
Segundo os auditores, a ex-integrante do conselho de administração da TAP, Alexandra Reis, recebeu uma indenização turbinada quando saiu da companhia. O valor pago foi de 500 mil euros, e o relatório determinou que a ex-administradora devolva cerca de 450 mil euros.
De acordo com a imprensa local, Reis disse discordar do parecer, mas aceitou devolver o montante estabelecido.
O ministro português afirmou que o processo envolvendo Alexandra Reis “levantou uma legítima indignação no país”, sobretudo “numa empresa pública sujeita a um ambicioso plano de reestruturação”.
Na rede social, o ministro também deixou um recado para os funcionários da TAP: “Dirijo uma palavra aos trabalhadores da TAP, para reconhecer o empenho que têm colocado no sucesso do plano de reestruturação e para apelar à continuação desse mesmo empenho agora que nos encontramos numa fase decisiva para a viabilidade e sucesso da companhia”.
Confira os tuítes de Medina sobre as demissões na TAP:
Ex-CEO da TAP critica IGF
De acordo com informações da CNN Portugal, Christine acusa a IGF (Inspeção-Geral de Finanças) de não tê-la ouvido durante a investigação da crise envolvendo o pagamento milionário para Alexandra Reis.
Em uma nota anexada ao relatório da IGF, a executiva manifestou sua “perplexidade” por ter sido “a única pessoa diretamente envolvida na auditoria que não foi ouvida pessoalmente perante a IGF”.
“Fica devidamente registrado este comportamento discriminatório por parte da IGF, relativamente ao qual não deixará de se retirar, em devido tempo, todas as consequências legais”, destacou a ex-líder da TAP.
Com Estadão Conteúdo