Taesa (TAEE11): XP mantém neutra, mas cita dividendos
Em novo relatório sobre o setor de transmissão de energia, a XP reitera recomendação neutra para a Taesa (TAEE11), mas cita a perspectiva de pagamento de dividendos pela companhia.
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Os analistas rebaixaram ligeiramente o preço-alvo para as ações da Taesa, de R$ 36 para R$ 35. Apesar do alto dividend yield, a casa avalia que o papel já está precificado de forma justa, com um IRR real implícito de 6,5%, abaixo da média do setor de utilities, que gira em torno de 12%.
Entre as transmissoras analisadas pela XP, a TAEE11 se destaca como a empresa mais sensível à alta dos juros no curto prazo, devido à sua elevada alavancagem e maior exposição ao CDI.
Além disso, a companhia possui a menor duração média de concessões dentro da cobertura da XP, com cerca de 7 anos, contra 9 anos da ISA Energia (ISAE3) e 10 anos da Alupar (ALUP11).
Aproximadamente 63% da Receita Anual Permitida (RAP) da Taesa provém de concessões que expiram entre 2030 e 2035, o que limita seu horizonte de geração de caixa no longo prazo.
A Taesa é também a transmissora mais alavancada entre suas pares, mas, em contrapartida, possui um baixo compromisso com capex, o que pode favorecer a distribuição de dividendos, diz a XP.
No entanto, a empresa adotou uma política mais conservadora, reduzindo o payout para 80% do lucro líquido em 2024. A XP estima que os dividendos da Taesa podem retornar a 100% do lucro somente em 2030.
Os analistas utilizaram um modelo de fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE) para precificar a Taesa, adotando uma abordagem asset-by-asset, sem considerar renovações após o vencimento das concessões. Com base nisso, o preço-alvo de R$ 35 representa um potencial de valorização de 6,8% frente aos níveis atuais.
Assim, apesar do forte pagamento de dividendos, a casa avalia que a combinação de concessões de curta duração, alta alavancagem e exposição ao CDI limita o atrativo da Taesa em relação à outras transmissoras do setor.