O resultado trimestral da Taesa (TAEE11) foi em linha com esperado pelo mercado. Mas, o BTG Pactual (BPAC11) permanece om a recomendação neutra por analisar que a Taxa Interna de Retorno (IRR, em inglês) da companhia é “excessiva”.
A XP, por sua vez, avaliou um resultado positivo mas também manteve a recomendação neutra. A Taesa teve lucro líquido de R$ 536,9 milhões no terceiro trimestre, valor 18,3% menor do que o registrado um ano atrás. Segundo a companhia, o IGP-M, índice macroeconômico atrelado à parte dos seus contratos, afetou negativamente os valores, além de um aumento de R$ 111 milhões nas despesas financeiras.
“A companhia apresentou resultados amplamente alinhados e sólidos no terceiro trimestre. Vemos a Taesa sendo negociada a uma IRR real de 3,3%, o que parece excessivo em nossa opinião. No segmento de transmissão, nossa preferência é a Alupar (ALUP11), que atualmente está sendo negociada a uma IRR real mais atrativa de 9,0% e em breve começará a se desalavancar, o que acabará abrindo espaço para mais dividendos”, avaliou o banco.
Com isso, a recomendação do BTG é neutra, com preço-alvo de R$ 32,00. Já a XP tem uma recomendação neutra na, com um preço-alvo de R$ 38/ação.
“Temos uma avaliação neutra dos resultados da Taesa no 3T21, uma vez que os números do EBITDA Ajustado vieram em linha com nossas estimativas e do consenso de mercado. Embora tenhamos uma visão positiva sobre a estabilidade do segmento de transmissão, com base em uma estrutura de receita fixa, vemos as ações com preços justos”.
Confira o balanço da Taesa
A receita líquida da Taesa foi de R$ 1,354 bilhões entre julho e setembro, queda de 39,4% na base anual. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 539,7 milhões no mesmo período, alta de 31,4% na comparação anual.
A margem Ebitda também avançou no 3T21, em 1,9 p.p., para 85,7%. Entre os impactos positivos está o início da operação da concessão Janaúba. O projeto foi entregue com 5 meses de antecipação e teve uma eficiência no volume total de investimento em torno de 18%. Com isso, adicionou um valor de R$ 213,6 milhões de RAP para a Taesa.
A empresa de transmissão viu os seus custos e despesas aumentarem 10,3% entre julho e setembro, na base anual, somando R$ 140,8 milhões no período. O principal aumento ficou para material e serviço de terceiros, que avançaram 70,6% e 30,6%, respectivamente.
Por volta das 13h40, as ações da Taesa tinham queda de 2,05%, negociadas a R$ 36,77. O Ibovespa tinha alta de 2,19%, a 108.290 mil pontos.