Conforme comunicado ao mercado da Taesa (TAEE11), a companhia pagará rendimentos de juros aos seus detentores de debêntures da 13ª emissão.
Serão pagos R$ 65,35733800 por debênture da Taesa, ou TAEEA3. Com isso, os pagamentos totalizam R$ 65,3 milhões em rendimentos.
As debêntures em questão foram emitidas no dia 17 de fevereiro deste ano, ao passo que a companhia pagará o rendimento em juros nesta quinta (17).
Os títulos em questão configuram 1 milhão de debêntures com valor unitário de R$ 1 mil e vencimento em dois anos a partir da data de emissão.
A remuneração é de 100% a variação acumulada das taxas médias diárias dos DI, acrescida de uma sobretaxa de 1,5% ao ano.
Conforme anunciado pela companhia à época, os recursos captados na emissão são utilizados para reforço de caixa e gestão ordinária dos seus negócios, segundo a companhia.
Taesa: analistas apontam o que pode ameaçar o futuro dos dividendos da empresa
A companhia reportou lucro líquido de R$ 220,4 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), redução de 60,9%, pelo critério contábil IFRS. Para os analistas do Itaú BBA, os resultados da empresa estiveram em linha com as expectativas. Sobre os dividendos, o banco projeta uma menor quantia distribuída nos próximos anos.
“É importante destacar que esperamos dividendos mais brandos para 2023 em comparação com os anos anteriores, dado o impacto negativo do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) nos resultados do IFRS”, projeta o Itaú BBA.
A Taesa pagou R$ 313,4 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas nesta quarta-feira (02).
Sobre os resultados operacionais do 2T23, a equipe do BBA afirma que a receita líquida regulatória reportada esteve dentro das estimativas, totalizando R$ 633 milhões, ultrapassando os R$ 560 milhões no segundo trimestre de 2022.
O crescimento, segundo o banco, foi impulsionado pela entrada em operação da linha de transmissão de Sant’Ana e a operação parcial da linha de Saíra. Além disso, as receitas anuais permitidas (RAPs) foram atualizadas com base nas taxas de inflação, com um aumento de 10,7% usando o IGPM e 11,7% usando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“Isso é importante tendo em mente que o ajuste de receita do próximo ciclo afetará negativamente o 3T23 devido ao IGPM negativo, e assim os dividendos”, apontam analistas sobre a Taesa.