Taesa (TAEE11) tem pior semana na Bolsa em mais de 17 meses; o que aconteceu?

As units da Taesa (TAEE11) encerraram a sessão desta sexta-feira (31) em queda de 0,81%, cotadas a R$ 34,28. O desempenho acumulado das ações na semana de quatro dias úteis por causa do feriado da quinta (30) foi negativo em 2,89%.

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As ações da Taesa interromperam uma sequência de duas semanas consecutivas de alta, e registraram a pior semana na Bolsa de Valores desde o intervalo iniciado em 12 de dezembro de 2022, quando os papéis tinham registrado uma perda semanal de 5,38%, ou seja, a maior queda em mais de 17 meses.

As ações TAEE11 tinham subido 1,29% na semana anterior, depois de já terem avançado 1,89%. A cotação máxima desta semana foi de R$ 35,44, já a mínima também alcançou a marca de R$ 34,28.

Por outro lado, no mês de maio o desempenho acumulado foi positivo em 1,67%, revertendo parte das perdas observadas em abril, quando os papéis recuaram 3,00%. Considerando o valor da ação na Bolsa de Valores brasileira no encerramento de 2023, que foi de R$ 36,11, a performance acumulada em 2024 é negativa em 5,07% até o momento.

Enquanto isso, as ações TAEE3, que representam os papéis ordinários da empresa elétrica, caíram 0,78% hoje (31) e apresentaram baixa de 2,90% na semana. Já as ações preferenciais, negociadas sob o ticker TAEE4, tiveram queda de 1,03% na sessão e de 3,20% no cenário semanal.

O que aconteceu com a Taesa nesta semana?

Apesar do comportamento negativo da Taesa na Bolsa de Valores, principalmente considerando que nos 4 pregões realizados nesta semana a ação fechou em queda, não foram registradas notícias relevantes envolvendo a companhia neste período.

Durante o mês de maio, os investidores repercutiram os novos resultados divulgados pela companhia, referentes ao primeiro trimestre de 2024 (1T24), quando foi registrado um lucro líquido IFRS de R$ 374 milhões.

Os analistas avaliaram os resultados como neutros, apesar de terem ficado ligeiramente abaixo das estimativas do mercado.

“Temos uma avaliação relativamente neutra do resultado da Taesa no 1T24, uma vez que ficou abaixo de nossas expectativas. A redução da margem Ebitda (-4,2p.p. na base anual) pode ser explicada por um evento pontual em Janaúba e pelo ajuste negativo da inflação no ciclo RAP 2023-2024 para as concessões indexadas ao IGP-M”, diz a XP.

De acordo com o banco Safra, o lucro líquido regulatório da Taesa foi de R$ 193 milhões, com baixa de 10,3% no trimestre, assim como 2,0% inferior à projeção do banco e 19,8% abaixo do consenso de mercado.

Assim como a Taesa, o Ibovespa encerrou a semana com perdas – o índice da B3 recuou 3%. Em fechamento de mês espremido entre o feriado e o fim de semana, o Ibovespa manteve o viés de nove das últimas dez sessões, encerrando a sexta-feira, 31, em baixa de 0,50%, aos 122.098,09 pontos, em queda de 3,04% em maio, após retração de 1,70% em abril e de 0,71% em março. No ano, iniciado com mergulho de 4,79% em janeiro, apenas fevereiro foi positivo (+0,99%). Dessa forma, as perdas acumuladas em 2024 chegam a 9,01%, refletindo total reavaliação, pelos investidores, da expectativa otimista que prevalecia no fim de 2023 quanto ao número de cortes de juros nos Estados Unidos no ano em curso. A performance do Ibovespa resultou na maior baixa para o mês desde a queda livre de 10,87% em 2018, período marcado pela grande greve de caminhoneiros, com efeito disruptivo que resultou, então, na maior perda mensal da Bolsa brasileira desde setembro de 2014. Após o mergulho de 2018, o revés de 2024 foi o primeiro para maio.

Com Estadão Conteúdo

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João Vitor Jacintho

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