O Itaú BBA emitiu um novo relatório revisando as suas perspectivas para as empresas do setor de transmissão de energia. Entre os destaques, a casa afirma que a Taesa (TAEE11) é a sua ação “menos preferida” do segmento.
Isso se dá, segundo os analistas, pela avaliação mais cara da TAEE11, apesar do bom rendimento de dividendos.
A casa vê o papel negociando com um prêmio em relação às suas pares, com uma taxa interna de retorno implícita de 7,6%, o” que parece justo dado seu modelo de negócios de muito baixo risco”.
O BBA reiterou recomendação neutra para as ações da Taesa, mas elevou o preço-alvo de R$ 36,70 para R$ 37,50.
Já a recomendação para a ISA Cteep (TRPL4) foi elevada de market perform (neutra) para outperform (compra), com o preço-alvo saindo de R$ 26,50 para R$ 31,50.
A revisão foi motivada pela atratividade do papel e pela expectativa de melhores dividendos no curto prazo, além do forte crescimento orgânico em investimentos e a maior liquidez após o follow-on secundário, que diz respeito à venda da participação parcial da Eletrobras (ELET3) na empresa.
Conforme projeções, os dividendos da ISA Cteep podem superar os concorrentes e chegar a 8,7% em 2024, com um payout de 75%.
No caso da Alupar (ALUP11), o BBA manteve a recomendação de compra e elevou o preço-alvo de R$ 37,4 para R$ 42,7.
De acordo com o relatório, a Alupar é vista como uma aposta em crescimento, devido à sua atraente taxa interna de retorno (TIR) e seu histórico de alocação de capital, especialmente nos recentes leilões de transmissão.
O BBA observa que, embora os dividendos da Alupar devam ser mais baixos que seus concorrentes nos próximos anos, isso não é considerado negativo, já que o fluxo de caixa está sendo investido com retornos satisfatórios.
No entanto, considerando que ações com altos dividendos são negociadas com prêmio, o BBA prevê que a Alupar vai operar com desconto tanto em relação à Taesa quanto em relação à Cteep.