Taesa (TAEE1) aumenta lucro em 94% no trimestre, para R$ 373 milhões

A Taesa (TAEE11) reportou lucro líquido regulatório de R$ 373,3 milhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), conforme balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira (10). A projeção do consenso Bloomberg era de R$ 363 milhões de lucro.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Planilha-controle-de-gastos.png

Desta forma, o lucro da Taesa aumentou 94,6% em relação a igual período do ano anterior.

A Taesa no 3T22 também mostrou um Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) regulatório de R$ 498,1 milhões, alta de 18,3% em relação a igual período do ano anterior.

A margem Ebitda por sua vez ficou em 85,3% no trimestre, mostrando uma alta de 0,7 ponto percentual (p.p.) ante a margem reportada em igual etapa de 2021.

As estimativas do consenso Bloomberg eram de R$ 605 milhões de Ebitda, com margem de 99%.

A receita líquida da companhia somou R$ 583,9 milhões no 3T22, mostrando uma alta de 17,4% na comparação com igual etapa de 2021.

A administração da empresa justifica esse efeito pelo reajuste inflacionário do ciclo da RAP 2022-2023 e a entrada em operação de Janaúba e parcial de Sant’Ana.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop.jpg

Considerando o balanço consolidado com as participações, a dívida líquida da companhia fechou o trimestre em R$ 8,9 bilhões, alta de 18% ante os R$ 7,55 bilhões vistos em igual período do ano anterior.

Dado o Ebitda, a alavancagem da Taesa ao fim do trimestre foi de 3,7x, ante 4,3x vistos no terceiro trimestre de 2021 e 3,8x vistos no segundo trimestre deste ano.

“O terceiro trimestre de 2022 foi marcado pela entrada no novo ciclo da Receita Anual Permitida (RAP) 2022-2023 que se iniciou em 1º de julho. As concessões ajustadas pelo IGP-M (Categoria II) sofreram um reajuste inflacionário de 10,72% e as concessões ajustadas pelo IPCA (Categoria III) sofreram um reajuste inflacionário de 11,73%”, diz a administração da Taesa no seu release de resultados do trimestre.

“Assim, a RAP das 41 concessionárias do grupo Taesa no novo ciclo 2022-2023 totalizou R$ 3,8 bilhões, 7,7% maior que a RAP total do ciclo anterior, já contemplando a redução de 50% da RAP das concessões de categoria II que sofrem esse efeito no novo ciclo”, segue.

XP vê 3T22 ‘sólido e sem surpresas’

Com recomendação neutra e visando R$ 37 por unit, a XP disse que viu bons resultados no 3T22, mas não longe das projeções.

“Temos uma avaliação neutra do resultado da Taesa no 3T22, que ficou em linha com nossas expectativas. A melhora na comparação anual pode ser explicada pelo reajuste inflacionário do ciclo RAP 2022-2023 (10,7% IGP-M e 11,7% IPCA) e pela entrada em operação de Janaúba, Sant’Ana (parcial), ESTE, Aimorés, e Paraguaçu”, diz a casa.

“Destacamos também a contínua desalavancagem da companhia (dívida líquida/EBITDA de 3,7x no 3T22 vs. 4,3x no 3T21). Dito isso, não vislumbramos nenhum gatilho de crescimento no curto prazo e mantemos nossa recomendação Neutra para TAEE11“, seguem os analistas.

Dividendos da Taesa

Em conjunto com o resultado do trimestre, a Taesa anunciou R$ 365 milhões em dividendos e juros sob capital próprio (JCP).

Serão R$ 1,06 recebidos por unit em proventos da Taesa, considerando os dividendos intercalares, intermediários e o JCP. O pagamento ocorrerá no dia 5 de dezembro de 2022, conforme informado pela companhia.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Fundos-Imobiliarios-Desktop-1.jpg

Eduardo Vargas

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno