A transmissora de energia Taesa (TAEE11) reportou lucro líquido de R$ 220,4 milhões no trimestre, redução de 60,9%, pelo critério contábil IFRS. Considerado os seis primeiros meses de 2023, o lucro da empresa atingiu R$ 1,371 bilhão, redução de 16,5% em base anual de comparação.
Já o lucro líquido regulatório da Taesa – que segue os padrões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – foi de de R$ 246,4 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 73,9% em relação ao mesmo período de 2022. Já no acumulado até junho, o lucro regulatório da empresa foi de R$ 461,8 milhões, elevação de 60,4%.
O resultado regulatório é explicado principalmente pelo início da operação do projeto Saíra 1ª fase, e dos empreendimentos Sant’Ana, Aimorés, Paraguaçu e Ivaí, entre 2022 e 2023. Já na base IFRS, houve a influência de menores índices macroeconômicos, principalmente do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com reflexo direto na receita de correção monetária do ativo contratual de todas as concessões da companhia.
De abril a junho, a receita líquida da Taesa, pelo IFRS, considerando participações minoritárias da empresa, totalizou R$ 839,2 milhões, baixa de 42,7%, enquanto no acumulado do ano ela alcançou R$ 1,981 bilhão, queda de 27,3%. Desconsiderando as participações, a receita da empresa somou R$ 678,6 milhões no trimestre, redução de 19,9%, enquanto no semestre ela foi de R$ 1,643 bilhão, diminuição de 16,5%.
Já o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (o Ebitda da Taesa, na sigla em inglês) regulatório e desconsiderando participações aumentou 15,1%, no segundo trimestre, em base anual de comparação, para R$ 534,9 milhões. No acumulado do ano até junho, o Ebitda alcançou R$ 1,056 bilhão, crescimento de 15%.
A margem Ebitda da Taesa foi de 84,5% no segundo trimestre, aumento de 1,5 ponto porcentual (p.p.). Nos seis meses do ano, foi de 85,8%, crescimento de 1,2 p.p. em relação ao mesmo intervalo de 2022.
Considerando participações minoritárias, o Ebitda regulatório da Taesa foi de R$ 741,3 milhões no trimestre, alta de 22,4%, e de R$ 1,475 bilhão no acumulado do ano, alta de 24,1%.
A dívida líquida da Taesa encerrou o ano passado em R$ 8,207 bilhões, crescimento de 23,2% em comparação com o mesmo intervalo de 2022. Já a dívida líquida, considerando o consolidado e participações minoritárias do grupo, totalizou R$ 10,236 bilhões, alta de 17,7% em base anual de comparação. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 3,7 vezes.
Do ponto de vista operacional, as linhas de transmissão da Taesa atingiram 99,77% de disponibilidade no primeiro semestre de 2023. A parcela variável contábil ficou negativa em R$ 17,5 milhões no período.
Com Estadão Conteúdo
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