Taesa (TAEE11) será impactada por edital bilionário do TCU?
Conforme informações da Folha de S. Paulo, o TCU (Tribunal de Contas da União) deve aprovar o edital do leilão de R$ 21 bilhões em linhas de transmissão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) – o que pode ser interesse da Taesa (TAEE11), Copel (CPLE6), Alupar (ALUP11) e demais companhias elétricas.
A expectativa é de que o edital do TCU tenha certame previsto para dezembro na B3. O lote 1, que concentra 94% das obras, tem orçamento de R$ 17 bilhões.
Além disso, a RAP (Receita Anual Permitida) autorizada pela Aneel para o vencedor da concessão é definida com base no investimento a ser realizado.
O leilão da Aneel inclui três lotes, que envolvem a construção de nove empreendimentos em cinco estados — Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.
Serão leiloados, no total, 4.471 km de linhas.
Segundo o analista Bernardo Viero, da Suno Research, o leilão não deve afetar a Taesa, tal como outros players relevantes do setor elétrico.
O especialista destaca que durante as teleconferências de resultados do último trimestre ISA Cteep (TRPL4), Taesa, Neoenergia (NEOE3), Copel e Cemig (CMIG4) sinalizaram que ficarão de fora.
“Pelo tamanho elevado dos investimentos necessários para a maioria dos ativos (principalmente 1A, 1B e 2) e a característica de corrente contínua, que só a Eletrobras opera no Brasil, é natural se esperar que a empresa tenha algum protagonismo na disputa, também considerando a falta de algumas concorrentes que foram muito atuantes nos leilões dos últimos anos”, explica.
“Nesse sentido, esperamos um protagonismo maior da Eletrobras (ELET3) e de companhias estrangeiras, com alguma possibilidade de Engie Brasil (EGIE3) e da Alupar (ALUP11) também buscarem uma participação”, conclui o analista da Suno Research.
Desempenho das ações da Taesa
As ações TAEE11 sobem 8,2% no acumulado dos últimos 30 dias, sendo negociadas a um patamar de R$ 36,67 em bolsa durante o pregão desta quinta-feira (23).
No acumulado de 2023, os papéis da Taesa sobem 6,8%.