A Taesa (TAEE11) informou por meio de fato relevante nesta quinta-feira (7) que vai propor a incorporação de suas controladas Sant’Ana, Ate III e Saíra.
Segundo a companhia, a incorporação das empresas controladas pela Taesa potencializará sinergias que permitirão que às concessões detidas pelas incorporadas se beneficiem da simplificação da estrutura societária e redução de despesas operacionais e administrativas.
“A companhia tem perseguido, de forma recorrente, a otimização de seus processos, dos procedimentos administrativos e operacionais, bem como a simplificação de estrutura societária”, diz.
Ainda de acordo com a Taesa, a companhia não vislumbra riscos significativos causados pela implementação da incorporação das controladas. Disse, também, que incorporará a totalidade do patrimônio de cada uma das incorporadas, cujas ações são detidas, em sua totalidade, pela companhia.
Adicionalmente, informou que a incorporação das controladas da Taesa está sujeita, nos termos da regulamentação aplicável, à anuência prévia pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e que no último dia 10 de outubro, protocolou junto à agência um pedido de anuência prévia para a implementação da incorporação.
“Ocorre que, até a data deste fato relevante, a Aneel ainda não se manifestou a respeito do pedido de anuência prévia apresentado pela companhia, sendo que espera-se que o órgão regulador emita a sua decisão sobre o pedido formulado antes da realização da assembleia geral extraordinária que deliberará sobre a Incorporação”, completa a Taesa.
Taesa (TAEE11) obtém licença prévia para subestação da concessão Tangará
Na última quarta-feira (6), a Taesa comunicou que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) concedeu a licença prévia para a subestação Santa Luzia III, referente às instalações da concessão Tangará.
Localizado nos Estados de Maranhão e Pará, o Tangará é um empreendimento referente ao lote 3 do leilão de transmissão realizado em dezembro de 2022, 100% controlado pela Taesa, com extensão de aproximadamente 279 quilômetros de linhas de transmissão, sendo 72 quilômetros de circuito duplo.
O Tangará apresenta uma receita anual permitida (RAP) total de R$ 104,7 milhões para o ciclo 2023-2024 e um investimento Agência Nacional de Energia Elétrica (capex Aneel) de R$ 1,1 bilhão. O prazo estipulado pela Aneel para energização de Tangará, segundo a Taesa, é março de 2028.
Taesa: companhia está diversificando estratégias, diz BTG
A Taesa está diversificando suas estratégias de crescimento além dos greenfields, considerando outras oportunidades, tais como:
- (1) Ativos Brownfield: Dependendo da localização, sinergias operacionais e incentivos fiscais, a empresa avalia a viabilidade de aquisições de ativos brownfield.
- (2) Novos projetos: aprovados pela ANEEL, a empresa tem R$400 milhões destinados a quatro projetos, com uma relação RAP/capex de 14% a 15%. O período médio de conclusão é de 30 meses.
Com as principais concessões da Taesa previstas para expirar entre 2030-32, a empresa está buscando novas oportunidades para compensar possíveis queda de receitas, incluindo avaliação de renovações.
O crescimento significativo na geração de energia renovável, especialmente em áreas afastadas dos centros de carga, deve beneficiar naturalmente o setor de transmissão, aponta o BTG.
Nesse contexto, a administração destacou a previsão da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) de R$ 160 bilhões em investimentos em transmissão ao longo da próxima década. Quanto às baterias e outras tecnologias de armazenamento, a Taesa acredita que estão em estágios iniciais e ainda carecem de regulamentação adequada.
Desempenho das ações da Taesa
Cotação TAEE11