Taesa (TAEE11): BBA vê dividendos atraentes e eleva recomendação para as ações
Em seu relatório mais recente sobre a Taesa (TAEE11), o Itaú BBA elevou a recomendação e o preço-alvo das ações, destacando os dividendos “atraentes” apesar da alavancagem “aparentemente elevada”.
Os analistas acreditam que não faz mais sentido vender as ações da Taesa, pois apesar de dividendos mais baixos, o nível ainda se mostra atraente.
“Prevemos um dividend yield de 6% para 2024, 8% para o período entre 2025 e 2026 e um nível de dois dígitos após 2027”, diz o relatório.
A casa destaca que esse elevado rendimento de dividendos da Taesa é fundamental para o desempenho dos papéis, já que 55% da base de acionistas da empresa são investidores de varejo.
Esse nível de dividendos, que era ainda maior, recentemente foi reduzido pela companhia, tendo em vista sua alavancagem. No entanto, essa questão da dívida parece não ser um ponto negativo na análise do BBA.
“Não estamos muito preocupados com a alavancagem aparentemente elevada da Taesa, dado o baixo risco de seu modelo de negócios e a perspectiva positiva de geração de fluxo de caixa“, dizem os analistas, que projetam um aumento das receitas com o desenvolvimento dos projetos em construção e destacam que a empresa possui uma classificação de crédito muito boa (AAA).
O BBA também cita que a Taesa manifestou interesse em participar do leilão de transmissão de energia de setembro, dado que os desembolsos de investimentos para estes projetos só se tornarão significativos a partir de 2027, quando se espera que a alavancagem da empresa seja muito menor.
No acumulado do ano, os papéis da Taesa acumulam recuo de cerca de 4%, em linha com o Ibovespa. Para o BBA, esse desempenho pode ser atribuído ao aumento das taxas futuras de juros de longo prazo e ao fraco IGP-M, que está vinculado a cerca de 60% das ações da empresa.
O Itaú BBA tem recomendação market perform (equivalente à neutra) para as units da Taesa (TAEE11), com preço-alvo de R$ 36,70, ante R$ 35,90.