Taesa (TAEE11) vai pagar R$ 800,2 milhões em dividendos; confira valor por ação
A Taesa (TAEE11) informou nesta terça-feira (3) que aprovou, em Assembleia Geral Ordinária (AGO), o pagamento de R$ 800,2 milhões em dividendos aos seus acionistas.
Conforme fato relevante, o valor dos proventos por ação será dividido da seguinte forma:
- Sobre ações ordinárias e preferenciais, o equivalente é de R$ 0,77;
- Sobre units, o valor é de R$ 2,32.
Os dividendos serão pagos em 31 de maio.
Apenas os investidores com ações da Taesa no dia 9 de maio terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 10 de maio, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que R$ 147 milhões fazem parte dos dividendos mínimos obrigatórios remanescentes de 2021 e R$ 653,2 milhões a título de dividendos adicionais.
Dividendos da Taesa
- Valor total: R$ 800.292.750,30
- Valor por ação: R$ 3,87177208229 no total
- Data de corte: 09 de maio
- Data do pagamento: 31 de maio
- Rendimento (dividend yield): 10,20%
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Taesa (TAEE11) terá 2022 fraco e com queda nos dividendos, projeta Ativa
Para a Ativa Investimentos, a perspectiva piorou par a Taesa (TAEE11) no ano de 2022. Os analistas da casa cortaram novamente o preço-alvo das units da elétrica pra R$ 34 e recomendaram venda para os papéis – o que é geralmente incomum em investment banking, onde os analistas preferem recomendações neutras em alguns casos negativos.
Os dividendos da Taesa, considerados um dos principais atrativos para compra dos papéis da companhia, devem diminuir drasticamente no ano. Em 2021, o Dividend Yield da empresa foi de 13,7%, com R$ 1,8 bilhão pagos.
Ante à cotação de da companhia, trata-se do maior yield que a companhia já registrou em um só ano.
Para efeito de comparação, os proventos bilionários da Petrobras (PETR4), que marcaram recorde no ano passado, deixaram um yield de 16,5% em relação ao preço dos papéis preferenciais.
A Ativa entende que, apesar dos dividendos relativamente altos, o cenário macroeconômico atual em conjunto com a alavancagem de 4,2x deve diminuir os proventos neste ano.
“Embora, atualmente, dois terços da sua RAP operacional seja proveniente de ativos que possuem a receita anual permitida atualizada anualmente pelo IGP-M e que seu portfolio total disponha de uma RAP operacional no ciclo 21-22 de R$ 3,323,6 Bi, acreditamos que a
companhia apresentará um CAGR inferior aos pares em função de concessões que entram em seu 16o ano de operação”, diz o relatório da corretora, assinado pelo analista CNPI Ilan Arbetman.
Além disso, segundo a casa, o crescimento dos juros também deverá resultar em piora nas suas dinâmicas de custo, despesas e no resultado financeiro.
Os analistas frisam que as ações da Ativa estão caras nos patamares atuais, sendo negociadas a 12 vezes o EV/Ebitda (valor da empresa sobre resultado operacional) contra 11 vezes do seu histórico nos último anos. Por fim, concorrentes do segmento tem papéis mais descontados.
A alavancagem, da mesma forma, segue no radar como algo negativo ante a geração de caixa.
“Acreditamos que, para honrar tal compromisso, a companhia emitirá dívidas, o que ao nível de juros atual, poderá prejudicar seu resultado financeiro”, diz a Ativa.
Cotação
No pregão de hoje, a cotação das ações da Taesa subiu 1,38%, cotada a R$ 44,15. No ano, o papel acumula alta de 21,63%.