A Taesa (TAEE11), na véspera, apresentou um lucro líquido regulatório consolidado de R$ 330,2 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 11,6%, e uma receita líquida consolidada regulatória de R$ 606,5 milhões, alta de 3,9% na comparação anual.
Segundo analistas do BB, o reajuste de receita negativo pelo IGP-M e custos altos anularam benefício da expansão da Taesa no 3T23.
Atualmente a casa tem recomendação neutra para as ações da Taesa, com preço-alvo de R$ 39.
“Os resultados trazem o impacto da deflação acumulada pelo IGP-M sobre o reajuste de aproximadamente 50% de sua receita, anulando neste trimestre a contribuição da expansão em curso que vinha beneficiando a geração de caixa nos últimos trimestres”, diz o BB.
“Com o reajuste anual de receita a partir de julho positivo de 3,9% para as concessões indexadas ao IPCA, mas negativo em 4,5% para as indexadas por IGP-M, além de contribuição positiva dos inícios operacionais da primeira fase de Saíra no trimestre anterior e de fases adicionais de Sant’Ana e impacto negativo de maior PV, a receita regulatória consolidada veio em R$ 606,5 milhões no 3T23 e somou R$ 1,8 bilhão no 9M23”, completa.
Os analistas ainda acrescentam que, impactado pela dinâmica mais fraca da receita em decorrência da deflação do IGP-M e pela forte alta nos custos e despesas operacionais, o Ebitda ainda conseguiu se manter estável na comparação anual – ficando em R$ 501 milhões.
Apesar disso, foi registrada queda de margem EBITDA, que ficou em 82,7%.
“Por outro lado, o resultado de equivalência patrimonial contribuiu positivamente, favorecido pelas entradas operacionais recentes de Ivaí e Paraguaçu e pelo reajuste das receitas pelo IPCA a partir de julho, adicionando R$ 102 milhões no 3T23 e R$ 297,7 milhões no 9M23 ao resultado”.
Desempenho das ações da Taesa
As ações TAEE11 sobem 0,28% no intradia desta quinta-feira (9), com o mercado digerindo os números reportados na véspera.
No acumulado de 2023, os papéis da Taesa sobem 4,75%.