Tabela de frete passa por última audiência pública na ANTT
A última audiência pública para a discussão do novo modelo da tabela de frete para o transporte de cargas foi realizada na última quinta-feira, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Os caminhoneiros se posicionaram a favor de um piso para o frete e criticaram a atuação da ANTT e também de alguns critérios da nova tabela de frete. As críticas foram voltadas a adoção do frete mínimo e também sobre a atuação dos atravessadores.
Além disso, os representantes do setor cobraram um aumento da fiscalização para que a tabela seja cumprida a risca. Eles ainda criticaram o custo destinado a troca de pneu, dizendo ser um custo baixo, e também a velocidade média do cálculo do frete.
Essa última foi colocada com 75 km/h, considerada alta pelo setor, que afirmou que “o correto seria uma velocidade de 50 km/h ou 55 km/h”.
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Posicionamento da indústria
O Gerente Executivo de Relacionamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alberto Nobre, criticou o frete mínimo afirmando que a tabela faz o setor produtivo pagar mais pelo frete e os caminhoneiros receberem menos.
“Nós estamos pagando mais pelo frete e os autônomos estão pagando menos. Alguém nesse meio está ganhando e nós sabemos quem é. Precisamos juntar essas pontes e trabalhar junto”, afirmou Nobre.
Nobre se refere aos atravessadores, empresas que fazem a intermediação na contratação dos caminhoneiros autônomos.
A nova tabela de frete precisa ser publicada até 20 de julho. No entanto, antes disso tem de ser aprovada pela diretoria da ANTT. A tabela foi criada em 2018, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas em todo o território nacional e comprometeu o abastecimento de combustível, remédios e alimentos.
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