A Syngenta anunciou nesta sexta-feira (02) que pretende levantar 65 bilhões de yuans (cerca de US$ 10 bilhões) em sua oferta pública inicial de ações (IPO), prevista para ocorrer ainda em 2021.
De acordo com o documento, a controladora da Syngenta, ChemChina, deve vender 2,79 bilhões de novas ações no IPO, o que representa uma participação de 20% na empresa maior empresa de agrotóxicos do mundo e a terceira em sementes.
O prospecto foi publicado no site da bolsa de Xangai, onde ocorrerá a emissão, segundo a Bloomberg.
A ChemChina adquiriu a Syngenta em 2017 por US$ 43 bilhões.
Além disso, a agência Reuters informou na última quarta-feira (30) que a emissão poderia chegar a US$ 10 bilhões, o que pode ser o maior IPO do mundo em 2021.
Em 2019, o presidente global da Syngenta, Jon Parr, já havia informado que uma oferta inicial de ações fazia parte dos planos da empresa, entretanto não havia dado prazo para isso acontecer.
“O tempo certo virá conforme as condições do mercado. A ChemChina não dará nenhum passo até que faça sentido e eles estejam prontos. Mas estamos tentando não especular sobre isso, porque não é construtivo para o que queremos fazer. precisamos continuar focados nos nossos clientes e em inovação”, afirmou Parr na época.
Aquisição da Syngenta pela ChemChina
Na época em que a ChemChina comprou a Syngenta por US$ 43 bilhões, especialistas tinham grande expectativa sobre os planos da empresa asiática após a aquisição da maior multinacional de agrotóxicos do mundo.
A ideia inicial da ChemChina era desenvolver novos produtos e serviços para colaborar com o desenvolvimento da agricultura do país asiático. O processo, no entanto, já foi sendo criticado por alguns asiáticos menos otimistas.
O embaixador da China na Suíça, Geng Wenbing, disse, em junho de 2019, que a compra da Syngenta foi uma falha. “Se a Suíça quiser ter a Syngenta de volta, vou convencer a ChemChina a vender a empresa novamente”, disse Wenbing em entrevista a um jornal suíço.