O sistema internacional de transações Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, ou Swift, na sigla em inglês, informou nesta terça-feira (1º) que está em contato com autoridades da Europa para esclarecer quais entidades russas estão sujeitas às medidas de restrição.
A companhia belga é a principal fornecedora de serviços financeiros internacionais e atua como uma rede de comunicação para os pagamentos entre bancos ao redor do globo.
Ontem, a União Europeia aprovou a exclusão de sete bancos russos do sistema financeiro em resposta à invasão russa à Ucrânia. Entre os alvos das sanções europeias estão o VTB Bank, Bank Rossiya, Bank Otkritie, Novikombank, Promsvyazbank PJSC, Sovcombank PJSC e VEB.RF.
A companhia que opera o sistema Swift afirma que a desconexão dessas entidades será feita assim que as instruções legais para isso forem recebidas.
A decisão, entretanto, poupou o maior credor da Rússia, o Sberbank, sócio da estatal de gás Gazprom, a qual fornece insumos energéticos à Europa.
Segundo o Banco Central Europeu (BCE), o Sberbank está à beira da falência por causa da deterioração de liquidez nos últimos dias. De acordo com a avaliação do BCE, o “impacto reputacional” do conflito entre Rússia e Ucrânia gerou uma corrida aos bancos para saques de dinheiro pelos correntistas, o que prejudica as reservas do banco.
De acordo com a companhia que opera o Swift, em nota: “Estamos cientes da declaração conjunta de líderes da Comissão Europeia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, que expressa sua intenção de implementar novas medidas para restringir o acesso de bancos russos selecionados aos nossos serviços de mensagens financeiras”.
“As decisões diplomáticas levaram a Swift aos esforços para acabar com esta crise, e sempre cumpriremos as leis de sanções aplicáveis”, descreve o comunicado.
A Swift também lamenta as “trágicas consequências humanas” da invasão da Ucrânia pela Rússia e destaca que continuará a apoiar “a estabilidade econômica, a resiliência e a prosperidade em todo o sistema financeiro global, para apoiar a resolução e a recuperação de longo prazo“.
(Com informações de Estadão Conteúdo.)
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