Suzano (SUZB3) reverte prejuízo e lucra R$ 5,4 bi no 3T22

Em relatório publicado nesta quinta-feira (27), a Suzano (SUZB3) anunciou um lucro de R$ 5,4 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado reverte o prejuízo de R$ 959 milhões do mesmo intervalo em 2021. 

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De acordo com o balanço, o resultado financeiro líquido da Suzano continuou no vermelho em -R$ 1,5 bi, mas houve uma recuperação em relação aos -R$ 6,9 bi reportados no 2T22.

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 8,5 bi contra R$ 6,3 bi da mesma etapa do ano anterior. Com isso, a margem Ebitda avançou de 59% para 61% nos últimos doze meses, mostra o documento.

As vendas da Suzano somaram 3,1 mil toneladas, uma alta de 5% no intervalo de três meses. A celulose foi responsável pela maior parte das saídas (2,7 mil toneladas) e o papel pelo restante (331 mil toneladas).

Neste cenário, a receita líquida da Suzano somou R$ 14,1 bilhões, avanço de 23% em um trimestre e de 32% em um ano. 

“A elevação em relação ao 2T22 é explicada pela variação positiva no resultado financeiro, por sua vez decorrente do menor impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida e resultado positivo das operações com derivativos, e pelo maior resultado operacional”, explicou a companhia.

“A variação positiva em comparação ao 3T21 é explicada pelos mesmos fatores”, concluiu. 

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A Suzano aprovou o Programa de Recompra de ações. Serão compradas pela companhia até “20.000.000 ações ordinárias de sua própria emissão, representativas de, aproximadamente, 2,9% do total de ações em circulação com base na posição acionária de 30 de setembro de 2022”.

Diz ainda o documento da Suzano: “Com base na posição acionária de 30 de setembro de 2022, a companhia possui 686.352.936 ações. As aquisições de ações no âmbito do Programa Outubro/2022 deverão ser liquidadas no prazo de 18 meses, de modo que o prazo se encerrará em 27 de abril de 2024.”

Suzano (SUZB3) compra ativos da Kimberly-Clark

Nesta semana, a Suzano anunciou a aquisição de parte dos ativos da Kimberly-Clark na América Latina. A empresa assumiu os negócios de fabricação, marketing, distribuição ou venda no Brasil de produtos de tissue.

A linha de tissue é formada por itens como papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos, lenços e outros produtos de papel. A operação dá à Suzano os direitos sobre a marca NEVE, além de outras marcas globais que usadas pela Kimberly.

Um dos principais ativos envolvidos nessa transação é uma fábrica de produção de higiênicos, localizada em Mogi das Cruzes, em SP. O espaço tem capacidade anual de produção de 130 mil toneladas. 

A conclusão do acordo ainda depende de análise dos órgãos reguladores, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No entanto, não é necessária aprovação de assembleia geral de acionistas da Suzano, já que não atinge os parâmetros estabelecidos na Lei das Sociedades por Ações.

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Wesley Santana

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