A Suzano (SUZB3) divulgou nesta quinta (28) seu resultado do terceiro trimestre de 2021. A empresa registrou prejuízo de R$ 959 milhões no período, invertendo o lucro líquido de R$ 10,037 bilhões registrado no segundo trimestre deste ano. Comparado ao terceiro trimestre do 2020, no entanto, houve uma queda de 17% no prejuízo, que chegou a R$ 1,158 bilhão na época.
O movimento de desvalorização do real frente ao dólar no fechamento do trimestre foi o fator determinante para o resultado líquido da Suzano, negativo de R$ 959 milhões. Segundo a empresa, o efeito é meramente contábil e explicado principalmente pelo saldo da dívida contratada em dólar, quando convertida para reais.
Em relação ao terceiro trimestre de 2020, a variação positiva de R$ 198 milhões no resultado líquido reflete principalmente a variação positiva no resultado operacional e maior crédito de IR/CS (por sua vez em decorrência do maior impacto da variação cambial e marcação a mercado de derivativos no IR Diferido), parcialmente compensados pela variação negativa no resultado financeiro.
O Ebitda da Suzano (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado no terceiro trimestre deste ano atingiu R$ 6,310 bilhões, alta de 67% ante o mesmo período do ano passado. Em relação ao segundo trimestre deste ano, houve alta de 6%. Já a receita líquida ficou em R$ 10,762 bilhões entre julho e setembro deste ano, avanço de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado e alta de 9% ante o segundo trimestre deste ano.
Alta demanda no exterior favoreceu a Suzano
O balanço da Suzano diz que o terceiro trimestre de 2021 foi marcado pelo forte volume de vendas e pela resiliência do preço de celulose, suportado principalmente pelo bom desempenho da demanda por celulose na Europa e América do Norte, apesar da sazonalidade característica deste período do ano e do arrefecimento da demanda na China.
No negócio de papel, a demanda manteve-se aquecida, com alto volume de vendas e nova evolução de preços tanto no mercado doméstico como no mercado internacional, o que novamente resultou no maior Ebitda trimestral de sua história quando considerado papel e bens de consumo. “Esses fatores combinados com o câmbio médio desvalorizado, contribuíram para que o Ebitda ajustado trimestral atingisse R$ 6,3 bilhões e a geração de caixa operacional R$ 5,2 bilhões, patamares recordes desde a criação da Suzano”, diz a empresa.
“Este novo recorde trimestral foi alcançado a despeito das pressões inflacionárias sobretudo em commodities e dos desafios logísticos que têm marcado o comércio internacional em 2021″, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka, em nota à imprensa.
(Com Estadão Conteúdo)