Na noite de quarta-feira (10), a Suzano (SUZB3) reportou seus número do quarto trimestre de 2021 (4T21), refletindo um cenário de preços desatualizado, segundo a área de research do BTG Pactual (BPAC11).
Segundo os analistas do banco, o destaque do balanço da Suzano foi o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 6,355 bilhões, que veio em linha com as expectativas e estável na comparação trimestral.
O relatório ainda indicou que o valor foi pressionado com os níveis de custo caixa subindo, porém compensados pelos preços da celulose mais altos, chegando a US$ 10 a tonelada, acima das estimativas do banco.
O BTG tem recomendação de compra para as ações da Suzano, com preço-alvo de R$ 92,00 – equivalente a um upside de 52% considerando o fechamento de ontem (R$ 60,6).
Em um compilado de 10 recomendações por analistas, a Suzano tem avaliação de compra por 7 deles, sendo as outras 3 duas neutras e uma de venda. A mediana do preço-alvo é de R$ 78,00 – com o pico em R$ 92,00 (do BTG).
Os analistas do BTG apontam que a alanvancagem financeira da Suzano melhorou com a geração de fluxo de caixa no trimestre. “Dado que os preços devem seguir aumentando nas próximas semanas, acreditamos que atenção dos investidores será em relação ao ambiente dos mercados de celulose (oferta & demanda)”, indica relatório.
Com isso, os especialistas tem um tom mais otimista para os próximos meses e acreditam que os investidores devem questionar as premissas conservadoras de preços para o ano de 2022.
Teleconferência da Suzano
Em teleconferência após a divulgação dos resultados do 4T21, o diretor operacional de celulose da Suzano, Aires Galhardo, alertou que a valorização das commodities, em particular do petróleo, deve continuar pressionando o custo caixa de produção da celulose nos próximos meses, com maior efeito entre janeiro e março.
“O custo caixa de produção pode subir um dígito alto ou dois dígitos baixos”, disse Galhardo na tele.
O executivo indicou que este primeiro trimestre deve ser o pior em termos de pressão nos custos, também por paradas programadas para manutenção em fábricas. A expectativa é que haja redução gradual nos meses seguintes.
Cotação nesta quinta
Por volta das 13h10 (horário de Brasília) desta quinta, as ações da Suzano apresentavam queda de 4,22%, avaliadas em R$ 58,44.