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Suzano (SUZB3): analistas mantêm recomendação de compra, mas fazem ressalvas ao 2T23; veja por quê

Suzano (SUZB3) tem lucro 39% menor no 4T23, a R$ 4,52 bilhões

Suzano (SUZB3). Foto: divulgação

Para o Itaú BBA, os resultados da Suzano (SUZB3) foram neutros, mostrando uma deterioração sequencial. No entanto, o banco mantém recomendação outperform, equivalente a compra para as ações, com preço a R$ 56.

O lucro da Suzano no segundo trimestre de 2023 somou R$ 5,078 bilhões, o que representa alta de 2690%, quase 28 vezes mais os R$ 182 milhões do mesmo período de 2022, quando a companhia sofreu um forte revés em seu resultado financeiro devido às oscilações do câmbio.

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 3,919 bilhões no segundo trimestre do ano (2T23). O valor é 38% menor na comparação anual e representa recuo de 36% ante o trimestre imediatamente anterior.

De acordo com os analistas, os resultados de celulose foram afetados por preços realizados mais baixos, um real mais forte e custos envolvendo paradas de manutenção, que compensaram volumes ligeiramente maiores.

Neste contexto, o Ebitda de papel foi de R$ 729 milhões, queda de 11% no trimestre, mas alta de 4% no ano.

Os embarques consolidados de celulose chegaram a 2,5 milhões de toneladas, alta de 2% no trimestre, mas queda de 6% no comparativo anual, com a melhora impulsionada pela demanda mais forte da China.

Os preços da celulose em reais caíram 25% no trimestre, também prejudicados pela valorização do real no 2T23. Segundo o Itaú BBA, o custo caixa/ton da celulose, sem paradas, caiu 2% no trimestre, para R$ 918/ton de R$ 937/ton no 1T23, enquanto os custos de parada aumentaram R$ 51 por tonelada”, mostram os analistas.

A partir disso, o Ebitda de celulose atingiu R$ 3,2 bilhões no 2T23, queda de 40% no trimestre e 43% no comparativo anual.

Suzano: na divisão de papel, preços mais baixos compensam volume alto, diz BBA

A receita líquida do segmento de papel foi de R$ 2,1 bilhões, alta de 2% na base anual, com vendas de 294 mil toneladas.

No segundo trimestre de 2023, o preço médio alcançado pelo papel foi de R$ 7.002 por tonelada, representando uma diminuição de 5% em relação ao trimestre anterior. O custo direto variável (CPV caixa) por tonelada permaneceu estável em R$ 3.557 por tonelada.

O Ebitda do segmento de papel foi de R$ 729 milhões no 2T23, valor 4% superior ao 2T22.

Dívida líquida da Suzano caiu para R$ 54,3 bilhões no 2T23

A queda da dívida líquida da Suzano para R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre foi causada principalmente pelo impacto positivo da apreciação do real sobre a dívida em dólares da companhia.

O fluxo de caixa livre (FCF), excluindo capex de manutenção e dividendos/recompras, aumentou para R$ 5,3 bilhões , ajudado por uma liberação de R$ 2,8 bilhões em
capital de giro.

Além disso, a alavancagem em USD aumentou para 2,2x de 1,9x no 1T23.

Sobre o projeto Cerrado, a Suzano agora espera que entre em operação até junho de 2024. “Isso parece indicar que o projeto está caminhando de acordo com as expectativas e que a maior visibilidade da Suzano diminui os riscos de execução. Acreditamos que isso pode ser um gatilho para os investidores começarem a reduzir o risco do Cerrado”, dizem os analistas.

Lucro dispara no 2T23 e chega a R$ 5,078 bilhões

O lucro líquido da Suzano no 2T23 somou R$ 5,078 bilhões, o que representa alta de 2690%, quase 28 vezes mais os R$ 182 milhões do mesmo período de 2022, quando a companhia sofreu um forte revés em seu resultado financeiro devido às oscilações do câmbio. Na comparação com os três primeiros meses de 2023, porém, houve queda de 3% sobre o lucro de R$ 5,243 bilhões.

O texto sobre o release de resultados da Suzano diz que essa queda em relação ao trimestre anterior “foi decorrente da queda do resultado operacional e da maior despesa de IR/CSLL diferidos (por sua vez explicada principalmente pelo maior resultado positivo com variações cambiais e operações com derivativos)”.

“Esses efeitos foram parcialmente compensados pelas variações positivas no resultado financeiro e pela reavaliação positiva do ativo biológico na rubrica outras receitas/despesas operacionais”, acrescenta a Suzano.

Empresa recomprou 20 milhões de ações por R$ 880 milhões

Em julho, a Suzano (SUZB3) conclui seu programa de recompra de ações que havia iniciado no dia 30 de janeiro deste ano. No total, a companhia comprou 20 milhões de papéis a um preço médio de R$ 44,02.

O programa de recompra de ações da Suzano havia sido comunicado ao mercado ainda em meados de outubro de 2022.

No total, a recompra totalizou R$ 880 milhões de ações da companhia.

Após o encerramento deste programa, em janeiro de 2023, a Suzano informou ter em tesouraria um montante de 34.765.600 de ações ordinárias.

Cotação

Hoje, as ações da Suzano tiveram alta de 3,97%, cotadas em R$ 49,71.

Cotação SUZB3

Gráfico gerado em: 03/08/2023
1 Ano

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