Suzano (SUZB3) anuncia oferta de R$ 5,9 bilhões em debêntures; veja como vai funcionar
O conselho de administração da Suzano (SUZB3) aprovou a realização de sua 11ª emissão de debêntures, no montante de R$ 5,9 bilhões.
Conforme comunicado nesta sexta-feira (17), esse valor se refere a emissão de até 5,9 milhões de debêntures da Suzano. O preço unitário de cada uma delas é R$ 1.000,00.
Desse total, R$ 1 bilhão se refere às debêntures da primeira série da oferta da Suzano. Além disso, R$ 4 bilhões são relativos às debêntures da segunda série. Por fim, a emissão conta ainda com uma terceira série, com valor total de R$ 900 milhões.
O dinheiro levantado nessa emissão será usado para refinanciar e alongar o perfil de endividamento da empresa, relativas às debêntures que compõem a primeira e a segunda séries.
“Os recursos líquidos obtidos pela companhia com as debêntures incentivadas serão integralmente destinados ao desenvolvimento, construção e operação de projeto de investimento”, diz a Suzano em nota.
Cada debênture da Suzano vai ser objeto de oferta pública de distribuição, que será feita de acordo com o processo de registro, conforme os termos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A realização da oferta e a integralização das debêntures estão sujeitas às condições de mercado, assim como ao “cumprimento dos requisitos contratuais, regulamentares e normativos aplicáveis”.
Resultado da Suzano
Recentemente, a Suzano anunciou seu novo balanço de resultados, registrando um lucro de R$ 220 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), com uma baixa de 96% em relação ao mesmo período de 2023 (1T23).
A queda no resultado da Suzano no 1T24 se deu em razão de uma “variação negativa no resultado financeiro”, com impacto da desvalorização cambial sobre a dívida e operações com derivativos, assim como uma baixa no resultado operacional.
A receita líquida da empresa somou R$ 4,5 bilhões, representando uma baixa de 16% na comparação com o ano anterior.
Essa queda é atribuída, de acordo com o balanço da Suzano, ao preço médio mais baixo da celulose em dólar (-14%) e do papel (-9%). Essa baixa também foi motivada pela desvalorização do dólar frente ao real.