Suzano (SUZB3) sobe 5,5% após JPMorgan elevar preço-alvo para R$ 60
A Suzano (SUZB3) lidera as altas do Ibovespa nesta manhã, depois de um relatório do banco JP Morgan ter elevado o rating da companhia de neutro para Overweitght (acima da média do mercado) e aumentado o preço-alvo para R$ 60 por ação, potencial de alta de 20% sobre o fechamento da véspera. O preço-alvo anterior era de R$ 47. Agora, a Suzano é a preferida do setor de celulose da América Latina da instituição financeira.
Por volta de 12h30, a ação subia 5,5%%, enquanto o Ibovespa tinha alta de 1%. Mais cedo, o papel chegou a subir mais de 7%.
Em relatório, o JPMorgan afirmou estar mais otimista em relação ao cenário de preços da celulose em 2021, e que a Suzano deve ser a principal beneficiada neste cenário. Segundo o banco, a Arauco confirmou que seu maior projeto de expansão será adiado por seis meses, para o quarto trimestre de 2021, o que levou o JP Morgan a elevar sua projeção de preço da celulose para US$ 520 por tonelada.
“Esta é a primeira vez que elevamos o preço da celulose desde o primeiro trimestre de 2019. Vemos uma janela de mercado interessante de seis a nove meses para produtores aumentarem os preços e a lucratividade antes que novas ondas de oferta entrem no mercado.”
De acordo com o banco, a Suzano está executando seus custos melhor que o esperado, enquanto a liquidez aparenta ser sólida. Além disso, o JPMorgan afirmou que a empresa gera caixa mesmo com preços de celulose historicamente baixos.
A expectativa dos analistas da instituição financeira é de que uma nova onda de oferta de celulose a partir de 2022 levará os preços para US$ 500 a US$ 550 por tonelada, o que é 10% a 20% abaixo da média história. “No entanto, a Suzano deve entrar um yield de Fluxo de Caixa Livre sólido de 11% a 13% em 2021 e 2022, segundo nossas estimativas.”
Mesmo que os preços fiquem abaixo dos atuais US$ 450, a Suzano ainda poderia ser fluxo de caixa livre positivo, segundo o banco.
Os investidores costumavam ver um múltiplo justo para Suzano por volta de 6,5 vezes EV(valor da companhia)/Ebitda, antes da compra da Fibria. No entanto, a percepção mudou, com muitos vendo o valor justo em 7 vezes a 7,5 vezes, segundo o relatório.
O JPMorgan disse concordar com esta avaliação porque a Suzano tem a maior escala do mercado, além de ser uma posição de caixa “melhor que nunca”. Além disso, o banco vê potencial de maior expansão orgânica para os negócios da empresa, enquanto o foco da administração em ESG (meio ambiente, social e governança) pode trazer prêmios adicionais para a Suzano.