A Suzano (SUZB3) divulgou nesta quinta-feira (14) um prejuízo líquido R$ 13,419 bilhões referente ao primeiro trimestre de 2020, ante resultado negativo de R$ 1,229 bilhão no mesmo período do ano anterior.
Conforme balanço de resultados divulgado pela empresa, os números são explicados pelo efeito negativo da desvalorização 29% do real frente ao dólar estadunidense. A companhia também citou o impacto com operações de hedge cambial.
O Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Suzano chegou a 3,026 bilhões nos primeiros três meses deste ano. Os números representam uma expansão de 10%, ante aos R$ 2,761 bilhões obtidos no mesmo período de 2019.
A margem Ebitda ajustado, no entanto, anotou uma queda de 5 pontos percentuais, de 48% entre os meses de janeiro e março de 2019 para 43% em 2020. Na comparação trimestral, a companhia registrou uma alta de 8 pontos percentuais, ante 35% no último trimestre do ano passado.
A receita líquida, por sua vez, apresentou um crescimento de 22% na relação ano a ano, de R$ 5,70 bilhões para R$ 6,98 bilhões.
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De acordo com a Suzano, a venda de celulose nos primeiros três meses ano registrou uma baixa de 65%, contra mesmo período de 2019, para 2,86 milhões de toneladas. Além disso, a companhia informou ainda que o preço médio da commodity caiu 34% no primeiro trimestre, para US$ 469 por tonelada (cerca de R$ 2.724,89).
Coronavírus afeta negócios da Suzano
Segundo a empresa, a covid-19 afetou significativamente o aumento da demanda por celulose devido ao aquecimento do segmento de papéis sanitários. O coronavírus também reduziu a demanda por papel impresso, assim como levou a uma forte desvalorização do dólar.
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A Suzano informou que vem tomando medidas preventivas de combate ao novo coronavírus, bem como ações de segurança dos colaboradores para garantir a continuidade dos negócios.