A Suzano (SUZB3) irá emitir títulos privados de dívida, os chamados notes, podendo captar até US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 10 bilhões) no exterior. A autorização foi concedida nessa quarta-feira (2) pelo conselho de administração da empresa.
A emissão de títulos privados da empresa, com a finalidade de levantar recursos, será dirigido pela sua subsidiária, Suzano Austria GmbH.
Além disso, a empresa foi autorizada a recomprar até US$ 1,9 bilhão em dívidas caracterizadas por três emissões de títulos, sendo eles os com vencimento em 2026 (até US$ 700 milhões), em 2024 (até US$ 600 milhões) e os que apresentam vencimento em 2025 (até US$ 600 milhões).
Suzano (SUZB3) registra prejuízo de R$ 2,052 bi no 2T20
A Suzano divulgou no dia 13 de agosto seu resultado do segundo trimestre de 2020. A gigante da celulose registrou um prejuízo de R$ 2,052 bilhões no período, revertendo um lucro líquido de R$ 699 milhões no segundo trimestre de 2019.
No primeiro trimestre do ano, a Suzano tinha registrado um prejuízo líquido de R$ 13,419 bilhões. Portanto, mesmo com a crise econômica provocada pelo coronavírus (covid-19), a empresa conseguiu reduzir o impacto negativo sobre seus resultados.
A receita líquida foi de R$ 7,996 bilhões, em aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, quando tinham sido de R$ 6,665 bilhões.
O Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Suzano chegou a R$ 4,180 bilhões entre abril e junho. Um crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, quando esse valor tinha sido de R$ 3,101 bilhões.
“O trimestre foi marcado pela continuidade dos efeitos decorrentes da pandemia do Covid-19 sobre o ambiente no qual a Companhia está inserida”, escreveu a empresa explicando seus resultados, “No negócio de celulose, o forte volume de vendas proporcionou uma nova queda no seu nível de estoques e o bom desempenho do custo-caixa de produção, a despeito da pressão cambial, evidenciou a continuidade de ganhos estruturais de competitividade, impulsionados por sua vez pelas sinergias proporcionadas pela fusão com a Fibria”.
A empresa salientou que no negócio de papel, “o desempenho foi favorecido pelas exportações, mas impactado por reduções históricas de demanda como reflexo da pandemia principalmente no segmento de imprimir & escrever. A combinação de forte desempenho operacional com a desvalorização do BRL médio frente ao USD, contribuíram para o crescimento de 38% no EBITDA Ajustado em relação ao trimestre anterior ao atingir R$ 4,2 bilhões”.
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A Suzano salientou como conseguiu reduzir sua dívida em dólares, assim como a alavancagem – medida pela dívida líquida/EBITDA Ajustado dos últimos doze meses, nesse segundo trimestre.