Suzano e Klabin despencam na B3 com preço líquido da celulose caindo

A Suzano e a Klabin apresentam baixas significativas nesta sexta-feira (24) na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Confira abaixo o percentual das perdas das empresas listadas no Ibovespa no fechamento:

  • ações ordinárias (ON) da Suzano (SUZB3): queda de 7,39% com ações a R$ 34,09.
  • units da Klabin (KLBN11): queda de 4,43% com ações a R$ 15,32.

As ações ordinárias (KLBN3) da Klabin caíam 5,84%, sendo comercializadas a R$ 4,03. E as ações preferenciais (KLBN4) caíam 4,04%, com preço a R$ 2,85.

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De acordo com o “Valor Econômico”, há um excesso de oferta de fibra curta de celulose no mercado mundial, no momento. Por conta disso, no curto prazo, as expectativas para os produtores de papel e celulose, como a Suzano e a Klabin, são negativas.

Afinal, a China, um dos maiores consumidores do mundo de celulose, encontra-se em meio à guerra comercial com os Estados Unidos da América (EUA).

Geralmente, a valorização do dólar ante o real, favorece o mercado de papel e celulose. Contudo, apesar do dólar manter-se acima dos R$ 4 nas últimas semanas, o enfraquecimento da demanda de fibra curta de celulose desanimou os mercados.

“Essa preocupação [da desvalorização da fibra curta de celulose] se dá pelo risco de demanda estruturalmente mais fraca tanto na China quanto na Europa, em um ambiente de crescimento econômico global mais fraco e incertezas trazidas pela intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China“, explicou Daniel Sasson, do Itaú BBA, ao “Valor Econômico”.

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Demanda de fibra curta de celulose na China e na Europa

No mercado chinês, conforme a consultoria Foex, o preço líquido da tonelada da fibra curta de celulose caiu:

  • US$ 4,10 nesta semana, com comercialização a US$ 663,70;
  • US$ 106 em um ano.

Caso seja mantido este ritmo de ajustes do mercado da celulose chinês, o desempenho anual das cotações da matéria-prima na China podem entrar em retração a partir de junho, segundo cálculos da consultoria. 

Se o fato vier a se concretizar, a queda das cotações ocorrerá logo antes do início do período sazonalmente mais fraco para os negócios.

A Europa também vivencia esta queda na cotação da fibra curta de celulose. Confira abaixo a queda dos preços:

  • US$ 7,40 nesta semana, com comercialização a US$ 934,61;
  • US$ 91,10 em um ano.

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Empresas fazem concessões no preço, exceto Suzano

Em ambos os mercados, produtores chilenos, asiáticos e brasileiros fizeram concessões de preço no começo de 2019. À exceção da Suzano, que não cedeu no preço de referência da fibra curta de celulose.

Como consequência, a Suzano encerrou o primeiro trimestre com estoque de cerca de 3 milhões de toneladas. O montante é o dobro do nível considerado como normal.

Amanda Gushiken

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