Suzano vende florestas para Klabin por R$ 400 milhões

A Suzano (SUZB3) informou na última quinta-feira (12) que vendeu 14 mil hectares de florestas de eucalipto no Estado de São Paulo para sua concorrente Klabin (KLB11) por cerca de R$ 400 milhões de reais.

De acordo com a Suzano, o pagamento vai ser realizado entre 2020 e 2026 e as florestas vendidas são classificadas como ativo não operacional da companhia. Além disso, a empresa de celulose informou queda de mais de 20% no investimento de 2020 em relação aos recursos desembolsados neste ano.

A Suzano investirá R$ 4,4 bilhões no próximo ano. Ademais, a empresa também diminuiu sua previsão de investimentos para 2019, de R$ 5,9 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

Por sua vez, a Klabin comunicou que a aquisição das florestas tem como objetivo o abastecimento de madeira para a produção de uma nova fábrica de papel no Paraná, Puma II.

Suzano registra prejuízo líquido no 3T19

A Suzano registrou um prejuízo líquido de R$ 3,460 bilhões no terceiro trimestre de 2019. Com isso, o resultado reverte o lucro de R$ 700 milhões obtido no segundo trimestre deste ano.

Na comparação anual, o lucro obtido pela Suzano no terceiro trimestre também foi negativo. No mesmo período de 2018, a empresa obteve lucro de mais de R$ 1,022 bilhões.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/06/BANNER-ARTIGO-DESK-1.png

O Ebtida ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 18 p.p na comparação anual. Assim, o índice ajustado somou R$ 2,396 bilhões.

A produção de celulose diminuiu 12% no terceiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.

No relatório, a empresa justificou: O desbalanceamento dos fundamentos do mercado já constatado nos trimestres anteriores foi potencializado pela sazonalidade no hemisfério norte o que acabou por ocasionar uma acentuada e maior correção nos preços das fibras longas e curtas frente aos períodos anteriores.”

Confira Também: Suzano obtém lucro líquido de R$ 700 milhões no 2ºT19

Além disso, a produção na área de papel caiu 7% no trimestre em comparação à 2018. Em justificativa, a Suzano comunica que: “No lado da demanda, o crescimento da produção dos diversos tipos de papéis na China não foi suficiente para compensar a performance das outras regiões impactadas, sobretudo, por questões macroeconômicas e geopolíticas.”

Poliana Santos

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno