“Super Quarta” agita os mercados com juros no Brasil e EUA
A “Super Quarta” deve trazer elevação de 1 ponto percentual na Selic, para 14,25% ao ano e continuidade dos juros dos Estados na faixa de 4,25% a 4,50%. Esses eventos devem “agitar” os mercados nesta quarta-feira (19).

Se o aumento na taxa básica de juros brasileira for confirmado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), será o maior valor da taxa Selic desde 2016.
Na visão do economista Lucas Barbosa, da AZ Quest, a decisão do Copom deve ser influenciada pelas expectativas de alta da inflação e da atividade econômica, reforçando a cautela em relação ao encerramento do ciclo de juros.
Ele projetou uma alta de 1%, seguida por mais 0,5% na próxima, e um aumento final de 0,25%, fechando uma taxa Selic de 15% no fim do ano.
No Brasil, até o momento, o Ibovespa segue em alta de 0,16%, com o IFIX também “para cima”, em 0,35%.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) deve sinalizar como avalia o impacto das tarifas de importação de produtos na inflação.
O mercado aguarda a fala de Jerome Powell, presidente do banco central americano, às 15h30, após a divulgação da decisão monetária. Às 10h27, os indicadores futuros de Wall Street operavam em queda: Nasdaq caindo 1,66%, Dow Jones caia 0,62%, e S&P 500 recuava 1,07%.
Outros pontos que podem influenciar o mercado além dos juros
Ontem, o governo encaminhou ao Congresso Nacional o projeto de isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais e taxação de pessoas com rendas superiores a R$ 50 mil a partir de 2026.
O mercado teme que a medida contribua para pressionar a inflação e para dificultar o cumprimento das metas fiscais. Haverá renúncia de R$ 27 bilhões da arrecadação com o aumento do teto isento do IR, e o governo espera arrecadar R$ 25,22 bilhões ao taxar os “super ricos”.