Pelo mundo, as principais bolsas de valores operam com sentidos opostos na manhã desta quinta-feira (10) de olho no avanço de preços. Confira mais detalhes no Suno Call de hoje:
Principal item no calendário dos investidores é a divulgação dos dados da inflação nos Estados Unidos.
Hoje sai o Índice de Preços ao Consumidor (ou CPI, na sigla em inglês), e uma eventual surpresa significaria corrida de Wall Street de volta às pranchetas de desenho para recalcular como o Federal Reserve agiria na condução do aperto monetário em curso.
Também tem destaque hoje o relatório de produção da Opep, que em julho do ano passado se comprometeu em elevar a produção mensal em 400 mil barris de petróleo por dia, mas, mês após mês, o grupo tem ficado abaixo da quota por causa de alguns países que não conseguiram atingir a marca.
Uma mudança de postura poderia trazer impactos para a cotação do barril de petróleo e, consequentemente, impactar as ações das petroleiras por aqui, como a Petrobras (PETR4).
Ontem a estatal divulgou relatório operacional e, apesar do recuo na produção total, as ações da companhia avançaram: 0,38% no caso dos papéis preferenciais e 0,09%, dos ordinários.
No Brasil, investidores devem seguir atentos ao noticiário corporativo, com atualizações sobre a venda de ativos da Oi, privatização da Eletrobras e divulgação de dados operacionais, como a produção da Vale.
Ontem, o Ibovespa teve alta de 0,20%, a 112.461 pontos, apesar de o setor financeiro – que responde por cerca de 12% do índice – ter desempenho negativo após a divulgação de resultados do Bradesco (BBDC4) que surpreendeu negativamente. Veja o que movimentou a Bolsa.
Em Nova York, ontem, o Dow Jones subiu 0,86%, o S&P 500, 1,45% e o Nasdaq, 2,08%.
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Suno Call: Para começar o dia bem informado
Cade aprova compra dos ativos da Oi (OIBR3) pela TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro – com ressalvas
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda dos ativos móveis da Oi (OIBR3) para a TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro, mas com ressalvas. O julgamento sobre a operação terminou com quatro votos favoráveis e três contrários. As ações da companhia dispararam mais de 9% logo após o resultado do julgamento, mas desaceleraram e fecharam em baixa.
O relator do processo, conselheiro Luis Braido, votou por reprovar a compra da Oi Móvel pelas concorrentes. Os conselheiros Paula Farani e Sérgio Ravagnani acompanharam o voto do relator. De acordo com o conselheiro-relator, os remédios propostos pelo Cade são insuficientes para aprovar o negócio proposto. Para ele, a Oi está tendo um bom desempenho no processo de recuperação judicial, angariando clientes e se tornando atrativa para os investidores. Assim, seu retorno ao mercado independe da operação envolvendo as três concorrentes. Farani e Ravagnani usaram os mesmos argumentos para contar contra a aprovação da compra dos ativos da Oi.
- Empate. Já o presidente do Conselho, Alexandre Cordeiro, e os conselheiros Lenisa Prado e Luis Hoffman votaram a favor da aprovação. Cordeiro deu o voto de minerva. A sessão começou por volta das 11h30 desta quarta (9) e teve fim pouco depois, no começo da tarde.
Vale (VALE3) e CSN (CSNA3): minério de ferro se valoriza e empresas pegam carona
As empresas do setor de siderurgia e mineração apresentaram recuperação ao longo do mês de janeiro, após uma melhora do cenário para a demanda de aço na China e com a alta no preço do minério de ferro. A análise é feita em relatório do BB Investimentos, que tem recomendação de compra para Usiminas (USIM5), Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4).
Segundo o banco, o preço do minério de ferro passou por uma melhora gradual no mês passado, com acúmulo de US$ 25/t de alta no período, “refletindo a retomada do crescimento da produção de aço na China”. Com isso, pegaram carona no movimento os papéis da Vale e da CSN.
- Análise. A CSN (CSNA3) tem recomendação de compra pelo BB-BI, com preço-alvo de R$ 46,00. O upside estimado pelo banco é de 80,1%. A Vale (VALE3) também recebeu recomendação de compra e seu preço-alvo é de R$ 99,00 – uma valorização de 22,4%.
Vendas do varejo crescem 1,4% em 2021, mas sinalizam perda de fôlego neste ano
As vendas do varejo brasileiro encerraram 2021 com crescimento de 1,4%, o quinto ano positivo consecutivo. Apesar do bom desempenho no ano, a perda de fôlego do setor no segundo semestre acende um sinal de alerta para 2022, com o reflexo da inflação alta, crédito mais caro e o elevado desemprego.
Dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as vendas do varejo cresceram 0,1% em dezembro, frente a novembro, na série com ajuste sazonal da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O resultado foi melhor do que a mediana das estimativas captadas pelo Projeções Broadcast, que apontavam para queda de 0,5%.
- Setores. Das oito atividades do varejo acompanhadas pelo IBGE, três tiveram queda em dezembro, incluindo setores relevantes para o comportamento geral das vendas, como Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,7%).
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