A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu comunicado aceitando os apelos de instituições privadas de saúde para revisitar a aprovação sem remédios da aquisição da SulAmérica (SULA11) pela Rede D’Or (RDOR3), que foram enviados há 5 dias para a autarquia.
A decisão do Cade sobre a fusão entre SulAmérica e Rede D’Or se deu nesta terça-feira (29).
Com esse cenário, as ações da Rede D’Or sobem 5% no intradia do Ibovespa, ao passo que as ações SULA11 avançam 3,21%.
“Este evento é mais negativo do ponto de vista temporal uma vez que, com a admissibilidade dos recursos, o processo provavelmente irá para o tribunal do Cade (formado por um presidente e seis desembargadores) e levará mais tempo antes chegar a uma decisão final”, avalia o BTG sobre a decisão.
O mercado lidava com a última decisão, do dia 7 de novembro, que conferia aprovação sem restrições, permitindo a transferência do controle acionário de sociedades controladas pela Sul América para a Rede D’Or.
JPMorgan vê ruído em decisão do Cade sobre compra da SulAmérica
O JPMorgan destacou que a movimentação pode gerar ruídos no mercado.
“A discussão em andamento deve trazer ruídos ao case e a incorporação da Sul América deve ser adiada para segundo ou terceiro trimestre, ante previsão anterior de primeiro trimestre, pois o prazo do Cade para reanalisar a transação é 23 de maio”, dizem os analistas.
O Itaú BBA, por sua vez, destaca que a decisão do Cade não muda a percepção da casa sobre os fundamentos da companhia.
“Os apelos de concorrentes eram esperados e a interposição de recursos pode ser encarada como uma formalidade no process”, diz o BBA.
“Contudo, isso ainda pode gerar algum ruído no mercado porque os investidores podem ver a notícia como uma indicação de um tempo mais longo para o acordo ser totalmente aprovado ou que possíveis remédios poderiam ser aplicados. Ainda estamos confiantes de que o negócio será aprovado”, seguem os analistas sobre a SulAmérica e a Rede D’Or.