Stone (STOC31) reduz participação no Banco Inter (BIDI4) e retoma R$ 176 milhões

Durante o processo de migração do Banco Inter (BIDI11) para a Nasdaq, a Stone (STOC31) escolheu utilizar a opção de cash-out da companhia e vender parte de sua participação no banco.

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Em entrevista à Exame, o CEO da Stone, Thiago Piau, afirmou que a companhia reduziu de 5% para 3,9% a sua posição acionária. Com a opção de receber de volta em dinheiro, a Stone embolsou R$ 176 milhões. De acordo com o executivo, isso ocorreu em função do valor acima da cotação de mercado das ações.

Piau destacou ainda ao jornal que as sinergias com o Banco Inter não ocorreram como esperado, já que a gestão das duas empresas estão focando em fortalecer o core business, individualmente.

O Banco Inter estabeleceu que o máximo permitido para cada acionista receber com a opção de cash-out era de 10%. Entretanto, como alguns não optaram pela oportunidade, o nível subiu para 21,5%.

Em junho de 2021, a Stone comprou R$ 2,5 bilhões no follow-on do banco, a R$ 57,8 por unit. O cash-out do Banco Inter foi de R$ 19,35 por unit – ou seja, a Stone tomou aproximadamente 65% de prejuízo.

Como funcionou com o cash-out para o Banco Inter

O Banco Inter movimentou um volume de R$ 1,13 bilhão com as suas opções de cash-out – quando o acionista prefere receber o valor das suas ações em dinheiro. A informação foi divulgada em Comunicado ao Mercado arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 23 de maio, após o pregão.

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Os acionistas do Banco Inter tinham até o dia 20 para informar se prefeririam receber BDRs ou dinheiro no lugar das ações BIDI3, BIDI4 ou BIDI11 que serão deslistadas, já que a fintech migrará a sua base societária para os Estados Unidos.

Quem não decidiu entre as duas opções automaticamente receberá o BDR do Banco Inter, já que o cash-out tinha um volume máximo de limite de 10% do capital circulante. Houve, conforme a diretora, um rateio das ações, já que a demanda foi mais alta do que o valor permitido.

Helena afirmou que o rateio foi proporcional para cada investidor que optou pela saída em dinheiro. Cerca de 21,5% do volume vai ser recebido em dinheiro e o restante vai ser convertido automaticamente em BDR. O período de eleição de cash-out ocorreu entre os dias 13 e 20 de maio. A escolha estava disponível para acionistas que tinham ações do Banco Inter no dia 15 de abril.

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“Quando a gente vê o movimento que tivemos ano passado e o que temos agora, a gente teve uma definição de preço pelo valor pago por ação no cash-out, com o preço de negociação do mês de março. Desde então, a gente viu uma reprecificação das ações”, afirmou Helena Caldeiras, CFO do Inter, ao Suno Notícias. “Como o preço pago está acima do preço de tela, a nossa expectativa era que sim, a gente teria um valor maior de solicitações de cash-out, porque para o investidor é uma oportunidade de receber um ‘prêmio’ na ação”.

Isso significa que, hoje, o investidor consegue recomprar os papéis do Banco Inter no mercado por um valor mais baixo.

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Cotação da Stone

No fim do pregão desta quinta-feira (2), o BDR da Stone ganhou 24%, a R$ 54. No ano, acumula perdas de 50,77%.

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Victória Anhesini

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