Stone (STNE) cai 30% após balanço; BTG reitera compra com 100% de upside
A Stone (STNE) reportou 54% de queda no lucro líquido ajustado do terceiro trimestre, somando R$ 132,7 milhões no período de julho a setembro. A reestruturação dos produtos de crédito e a alta da taxa Selic foram as explicações para os resultados mais fracos.
De acordo com o BTG (BPAC11), o trimestre já estava bastante atribulado devido à consolidação da Linx e ao impacto da queda do banco Inter (BIDI4) nas ações da Stone, visto que a empresa é investidora do banco digital.
O resultado foi um grande tombo dos papéis na Nasdaq. Às 12:56, as ações STNE caíam -30,95% na bolsa de valores, valendo US$ 22,04.
Mas ainda assim, em meio a todos os riscos apresentados no balanço da Stone, o banco mantém sua recomendação de compra para a empresa, com preço-alvo a US$ 66,00. O valor representa um upside de mais de 100% com base no fechamento de quarta (US$ 31,66).
Já o Bank of America (BofA) reitera a recomendação para a Stone como neutra e avalia que o desempenho da ação está inferior ao mercado.
Destaques positivos e negativos da Stone
O BTG destaca como pontos positivos do relatório trimestral o crescimento do volume total de pagamentos (TPV) e as adições líquidas. Já as ponderações negativas são muitas:
- preços mais agressivos nos últimos 12 meses;
- a empresa não teve nenhuma receita de crédito neste trimestre;
- os investimentos em crescimento ainda estão altos;
- maiores despesas financeiras.
“Dado que o crédito ainda não voltou (e não sabemos quando voltará) e que a Selic está disparando, vemos o lucro de 2022 em risco”, dizem os analistas do BTG.
Nesse mesmo sentido vão as observações do BofA: “As ações não estão refletindo quaisquer sinergias potenciais com a Linx ou redistribuição de crédito”, afirma sobre a Stone em relatório.