A Stone, fintech brasileira de meios de pagamento, irá expandir suas operações em serviços financeiros. A conta digital, que não terá custos mensais, pretende atrair pequenas e médias empresas, fidelizando os clientes por meio das soluções apresentadas pela companhia.
“A vida do lojista é um pesadelo, passando o dia todo falando com muitas pontas. Queremos facilitar”, disse o presidente da Stone, Augusto Lins, ao jornal “O Estado de S.Paulo”. A novidade vai ao ar nesta segunda-feira (28), priorizando os clientes que já utilizam as maquininhas da empresa.
De forma oficial, a conta digital será uma ‘conta de pagamentos‘. Para começar a utilizar o novo produto, o cliente deve adquirir o aplicativo da companhia e concluir seu cadastro.
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Como a Stone já tem acesso aos dados do cliente, a aprovação da conta deverá acontecer em poucos minutos. O atendimento será feito pelo próprio aplicativo ou através de um agente da companhia comparecendo presencialmente ao estabelecimento do lojista.“Ninguém tem tempo de ir até a agência. Vamos fazer o caminho contrário”, afirmou Lins.
Através da nova funcionalidade, o cliente poderá realizar TEDs entre bancos, registrar a folha de pagamento, efetuar o pagamento de boletos, além de solicitar a portabilidade salarial para colaboradores.
Stone procura fazer frente à concorrentes
No entanto, diferentemente do que os concorrentes oferecem, como Nubank e Banco Inter (BIDI11), a transferência por TED terá a cobrança de R$ 4, segundo a Stone. A funcionalidade de emissão de boletos também deverá ficar para os próximos meses.
Segundo Lins, o diferencial da conta da Stone será o controle de recebíveis. O sistema de pagamentos fará com que o lojista tenha uma previsão de quando receberá os valores transacionados por meio de cartões de débito, crédito, ou vales-refeição e alimentação.
A Stone, em parceria com a Mastercard, também irá proporcionar um cartão de crédito pré-pago gratuito aos que desejarem.
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Edson Santos, consultor e especialista em pagamento, afirma que a estratégia da Stone é simples e direta: abrir um leque de opções aos seu cliente, impedindo que ele possa trocar a empresa por uma concorrente.
“Com a redução de taxas, os líderes do mercado transformaram o setor de pagamentos em commodity, enquanto uma empresa mais nova, como a Stone, tem de trazer serviços de valor agregado”, disse ao jornal “O Estado de S.Paulo”.
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