A Stone obteve lucro líquido ajustado de R$ 186,3 milhões no primeiro trimestre deste ano. O valor representa um aumento de 603% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o resultado contábil teve elevação de 617%, com R$ 177 milhões.
No total, o volume de pagamentos da Stone fechou em R$ 26,5 bilhões entre janeiro e março, um crescimento de 60,1%. As receitas totais somaram R$ 535,8 milhões durante o período, uma elevação de 86% na comparação com o mesmo período de 2018.
O número de cliente foi de 309,7 mil em março, crescimento de 40,6 mil no período. Segundo o presidente da Stone, Thiago Piar, o modelo de negócios permitiu “ganhar participação de mercado sem a necessidade de atrair novos clientes com preços não transparentes ou forçar os clientes a aceitar produtos que não desejam”. A Stone planeja se tornar um “ecossistema de soluções integradas de software, pagamentos, bancos e crédito”.
A empresa informou ainda que irá recomprar as ações ordinárias classe A no valor total de US$ 200 milhões.
Guerra das maquininhas
A Stone vem travando um guerra de preços com outras operadoras de maquininhas. A empresa tem sido uma das companhias contrárias a decisão da Rede Itaú Unibanco, que anunciou o fim da cobrança dos juros para antecipar recebíveis de logistas.
Por conta dessa medida, as ações da Stone caíram cerca de 25%. O mercado temia que a decisão do Itaú afetasse o modelo de negócios de empresas menores, que são baseadas em receitas com juros sobre antecipação de recebíveis.
O diretor comercial da Stone e presidente da Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Augusto Lins, acusou a Rede de operar com preços predatórios a fim de eliminar a concorrência.