Segundo o que apurou o jornal Valor Econômico, o processo de oferta pública inicial de ações (IPO) da Stone, empresa de meios de pagamento, vai acontecer antes mesmo do segundo turno da eleições de 2018. O grupo pretende colocar a companhia para ser listada na bolsa estadunidense Nasdaq, o objetivo é arrecadar mais de 1 bilhão de dólares nesta investida inicial.
Segundo uma fonte ouvida pelo Valor, um dos principais objetivos da Stone é aproveitar o momento da área: “O ritmo de crescimento da companhia, o setor em que está inserida e a listagem no exterior tornam viável um IPO antes mesmo da definição política do Brasil”.
Entres os acionistas da empresa de pagamentos estão os executivos fundadores André Street e Eduardo Pontes. Além deles, há também as gestoras Madrone Partners, Tiger Global Investors, Actis e Gávea. Somente as últimas duas empresas citadas pretendem manter participação na Stone.
O processo está em estágio avançado, tanto que foi protocolado, segunda-feira (1), o pedido de registro de oferta para o órgão regulador Securities Exchange Commission (SEC).
Itaú BBA, Credit Suisse, BTG Pactual, J.P. Morgan, Citigroup, Morgan Stanley, Goldman Saschs e Bank of America Merrill Lynch, são os bancos por trás da operação.
Outro motivo para esta tomada de decisão da Stone foi o sucesso do IPO da PagSeguro, um de seus principais concorrentes, no qual o grupo arrecadou 2,7 bilhões de dólares em janeiro deste anos. Maior valor arrecadado por uma empresa brasileira na bolsa estadunidense.
Além disso, os resultados positivos do grupo também serviram como motivação. A receita da companhia no primeiro semestre foi de 636 milhões de reais, valor 92% maior em relação ao mesmo período no ano anterior.
Há também o lucro líquido de 87 milhões de reais, em seis meses. Cenário totalmente oposto a mesma época do ano passado, quando o empreendimento teve um prejuízo de 75,9 milhões de reais.
O grande objetivo da Stone será se manter competitiva em um mercado cada vez mais concorrido.