A startup brasileira Zenvia protocolou seu pedido de Oferta Inicial de Ações (IPO, na sigla em Inglês) na Nasdaq, nesta quinta-feira (15). A fornecedora de softwares de atendimento e comunicação pretende levantar até US$ 100 milhões com a oferta.
A Zenvia pretende que suas ações ordinárias sejam negociadas sob o código ‘ZENV‘ na Bolsa de Valores da Nova Iorque.
De acordo com o prospecto arquivado na Securities and Exchange Commission (SEC), que é a Comissão de Valores Mobiliários nos Estados Unidos (órgão equivalente à CVM no Brasil), os coordenadores da oferta serão:
- Goldman Sachs
- UBS
- Morgan Stanley
- Bradesco BBI
- Itaú BBA
- XP Investimentos
A companhia acredita que a oferta proporcionará um capital adicional para apoiar o desenvolvimento e o crescimento dos seus negócios. Além disso destaca que o principal objetivo dessa oferta é aumentar a capitalização da startup e fornecer maior flexibilidade financeira.
De acordo com o prospecto, os recursos líquidos da oferta serão usados primeiro para o pagamento da contraprestação a pagar em dinheiro para a aquisição da D1.
Vale destacar que no mês passado a startup celebrou contratos de compra para a aquisição direta e indireta de 100% do capital social da D1. A companhia explica que a D1 “é uma plataforma que conecta diferentes fontes de dados para permitir uma única camada de visão do cliente, permitindo a criação de comunicações multicanais, geração de documentos variáveis, entrega de mensagens autenticadas e experiências conversacionais contextualizadas”.
Ademais o dinheiro da oferta será usado para quaisquer receitas líquidas remanescentes. “Objetivos corporativos gerais, que podem incluir investimentos para o desenvolvimento de software, produtos ou tecnologias, investimentos na expansão internacional de nossas operações, financiamento de outras fusões oportunistas, aquisições ou investimentos em negócios complementares e manutenção de liquidez”, explica o documento arquivado na SEC.
Sobre a Zenvia
A Zenvia nasceu em meados de 2003 em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Desde então a startup já conseguiu levantar US$ 82,7 milhões, sendo que no início do ano passado recebeu um aporte de US$ 54 milhões.
A empresa já tem cerca de 10 mil clientes e está presente em 3 países, sendo estes: Brasil, Argentina e México. Em seu prospecto a startup brasileira explica que “Nossa plataforma de software facilitou o fluxo de comunicação com os consumidores finais para mais de 7.700 clientes de todos os tamanhos em 31 de dezembro de 2019, o que aumentou para mais de 9.400 clientes em 31 de dezembro de 2020, em uma ampla gama de indústrias na América Latina América”.
“Nosso modelo de receita recorrente com base no uso nos permite crescer com nossos clientes e aumentar nossa base de receita à medida que nossos clientes aumentam o uso de nossas soluções e canais de comunicação”, completa.
No ano passado a companhia anotou uma receita líquida de R$ 492,5 milhões, o que equivale a um aumento de 28% ante 2019.