Em razão do novo coronavírus (Covid-19), a Starbucks (NASDAQ: SBUX) está procurando mudar seu modelo de negócio. Na manhã desta quarta-feira (10), a empresa detalhou os impactos da crise em seus resultados e seu plano de combate à pandemia.
A Starbucks informou que estima fechar, mover ou alterar a estrutura de, ao menos, 400 unidades nos Estados Unidos e no Canadá nos próximos 18 meses. Ao passo que a companhia pensa em fechar as unidades tradicionais, está nos planos a construção de 40 a 50 lojas somente para a retirada dos produtos.
Nos últimos anos, somente nas Américas, a empresa abriu 10 mil lojas tradicionais com o objetivo de oferecer um ambiente misto, de lazer e trabalho. No entanto, a companhia observou que o número de clientes que consomem seus produtos em casa está aumentando. Dessa forma, a companhia prevê a construção de unidades menores nos próximos anos — além das mudanças em unidades já estabelecidas.
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Segundo o CEO da gigante do café, Kevin Johnson, esse trabalho de reestruturação está sendo acelerado por conta do coronavírus. “Estamos olhando para o futuro”, disse. “Há muitas oportunidades para reposicionar cuidadosamente essas lojas no momento.”
O executivo informou que a Starbucks deverá reabrir suas unidades ao longo dos próximos meses, depois de serem fechadas em março para a contenção da pandemia. Hoje, a empresa atua com a opção de drive-thru ou delivery, além de manter escalas diferenciadas entre seus funcionários, o que pode impactar na sua produção.
Todavia, a empresa não é a única que deve alterar seu modelo de negócio. Com o decorrer da reabertura da economia em todo o mundo, grandes marcas estão reavaliando suas operações e como é a interação com os consumidores.
Segundo informações da Starbucks, as vendas em mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) caíram 43% no mês passado, ante uma queda de 63% em abril. A companhia informou que, no terceiro trimestre, espera obter uma receita de US$ 3 bilhões a US$ 3,2 bilhões.
Por volta das 12h20 desta quarta-feira, as ações da Starbucks apresentavam uma desvalorização de 4,36%, sendo negociadas a US$ 77,78 na Nasdaq. No acumulado de 2020, a companhia registra uma desvalorização de 11,5%, perfazendo um valor de mercado de US$ 92,17 bilhões (cerca de R$ 451,85 bilhões).