Sputnik V: Anvisa fará reunião com União Química sobre vacina russa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que fará, nesta quinta-feira, às 16h, uma reunião com a União Química acerca da vacina Sputnik V, o principal imunizante da Rússia.

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Hoje, a Rússia confirmou que enviou ao órgão regulador brasileiro todas as informações adicionais sobre a Sputnik V, com o objetivo de acelerar a aprovação do uso emergencial da vacina. O presidente da União Química, Fernando de Castro Marques, também disse que os documentos já foram enviados à Anvisa.

Por hora, o posicionamento oficial da agência é de que “até o momento não houve mudança”, não fazendo alusão à documentação supostamente enviada. “É importante destacar que a Anvisa não tem relação ou contato com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF). A relação da Anvisa é com a União Química”, disse o órgão, em nota.

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A agência também salientou que o procedimento adotado até o momento é o mesmo para todas as companhias que procuram enviar suas vacinas, e tê-las aprovas, no Brasil.

“A agência quer saber como está o andamento dos trabalhos com a vacina Sputnik V. A reunião foi agendada ainda na segunda-feira (18) e faz parte da estratégia que a Anvisa tem adotado com todas as empresas que pretendem ter vacinas a ser autorizadas no Brasil”, concluiu o órgão.

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Segundo a agência Reuters, o RDIF afirmou, hoje, que a fabricante brasileira da Sputnik V já está produzindo doses do imunizante. Segundo informações do Fundo, a produção será intensificada no mês que vem.

Segundo o chefe do RDIF, Kirill Dmitriev, é esperada a aprovação da vacina no Brasil nas próximas semanas, e a reunião de hoje pode ter um avanço neste sentido.

Sputnik V é menos eficiente do que a EpiVacCorona, segunda vacina russa

Segundo o órgão regulador de Saúde da Rússia, Rospotrebnadzor, a EpiVacCorona, segunda vacina aprovada no país, tem 100% de eficácia contra o novo coronavírus (Covid-19). A Sputnik V, por sua vez, apresenta 92% de eficácia, segundo informações de Moscou.

O novo medicamento russo é desenvolvido pelo Instituto Vector, da Sibéria. Os estudos do novo imunizante são baseados em ensaios clínicos da Fase 1 e Fase 2, mas não passaram pela Fase 3.

A última etapa normalmente envolve milhares de participantes, e um grupo separado recebe placebo para efeito de comparação. Os testes com a nova vacina tiveram início em novembro de 2020.

A criação EpiVacCorona, logo na sequência da Sputnik V, tem motivo: a Rússia já tem mais de 3,61 milhões de casos do coronavírus, sendo o quarto país mais impactado, somente atrás de Estados Unidos, Índia e Brasil, de acordo com informações da universidade norte-americana John Hopkins. São 66,81 mil mortos.

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Jader Lazarini

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