O Spotify registrou, nesta quarta-feira (29), um prejuízo líquido de 356 milhões de euros (equivalente a R$ 2,14 bilhões de reais) referente ao segundo trimestre deste ano. A receita oriunda de assinaturas, todavia, cresceu 17%, para 1,89 bilhão de euros.
Isso fez com que a receita total do Spotify aumentasse 13% no período (na comparação anualizada), indo para 1,89 bilhão de euros, em linha com o guidance. O destaque negativo ficou por conta da receita de anúncios, responsável por 10% do faturamento total da companhia, que caiu 21% para 131 milhões de euros.
A empresa, com sede em Estocolmo, informou que o prejuízo reportado no período entre abril e junho é decorrente de taxas pagas aos colaboradores da Suécia — mais de 30% do quadro de funcionários — em razão do aumento do preço das ações da empresa. A remuneração da maior parte dos colaboradores da companhia está atrelada ao desempenho dos papéis do Spotify na Bolsa de Valores.
Entre o fim de maio e o fim de junho, as ações da empresa subiram mais de 70%, o que aumentou o valor a ser pago aos funcionários suecos, anulando os ganhos com a chegada de novos usuários.
No fim de junho, o Spotify tinha 299 milhões de usuários ativos mensais, além de 138 milhões de assinantes pagantes — seu tipo de cliente mais rentável. O crescimento na base de usuários na América do Norte foi mais forte do que o esperado pela companhia, compensando a estagnação do mercado da América Latina e queda no mercado asiático (em função de cancelamentos e problemas com transações).
Durante o segundo trimestre, a receita média por usuário do negócio de assinaturas caiu 9%, indo para 4,41 euros. Segundo o balanço da empresa, o recuo é resultado da entrada de novos assinantes por meio de planos com desconto, como contas familiares e de estudantes. O menor poder de precificação dos planos nos mercados internacionais também influenciou.
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A startup de streaming disse que o tempo gasto pelos usuários utilizando o serviço se recuperou para os níveis anteriores a pandemia, com os hábitos voltando a se normalizar após um certo “esquecimento” da plataforma, em razão do período de quarenta por conta do coronavírus.
O fluxo de caixa livre do Spotify no fim do segundo trimestre foi de 27 milhões de euros, enquanto no mesmo período do ano passado havia sido de 50 milhões de euros.