Os principais índices acionários de Nova York (S&P 500, Dow Jones, Nasdaq) despencaram nesta segunda-feira (9). As Bolsas de Valores registraram maior queda desde a crise financeira de 2008.
Veja os resultados dos índices:
- S&P 500: 7,60% a 2.746,56 pontos
- Dow Jones: 7,79% a 23.851,02 pontos
- Nasdaq: 7,29% a 7.950,68 pontos
“O bull market de 11 anos acabou”, afirmou o estrategista-chefe de mercados da empresa Cantor Fitzgerald, Peter Cecchini.
Segundo Cecchini, há sinais de desaceleração da economia global. No entanto, os juros baixos contribuíram para a narrativa utilizada pelos investidores para justificar a compra de ações.
“Este cenário subjacente de fragilidade é um dos motivos para as ações terem caído tão rapidamente”, afirmou. “Quando uma bolha cresce tanto, não é preciso muito para estourá-la”.
A queda nos índices acionários foi influenciada pelos preços do petróleo. O valor do petróleo do Estados Unidos (WTI) registrou baixa de 24,59%, cotado a US$ 31,13. No mesmo movimento, o petróleo Brent despencou a US$ 34,36, com queda de 24,1%.
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Ambas as referências mundias de preço registraram a maior queda diária desde a Guerra do Golfo, em 1991.
A desvalorização vem logo após o termino do acordo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados. A parceria durou quatro anos e reunia os maiores exportadores de petróleo do mundo.
Em seguida, o governo da Arábia Saudita decidiu cancelar os cortes de produção prévios. A Opep não conseguiu ampliar seus cortes de produção. Da mesma forma, não foi capaz de terminou sem extensão dos cortes, estabelecidos para dar suporte aos preços.
Resultados do dia
O índice S&P 500 fechou em queda em todos os setores. As ações de energia lideram as baixas, com 20,08%. Os papéis da Chevron (-15,37%)e da Exxon (-12,22%) constituem as perdas mais significativas.
Em segundo lugar na escala de perdas, o setor financeiro teve o pior desempenho nesta segunda-feira. Bancos apresentam carteiras de empréstimo para a área energética. As preocupações se dá, portanto, acerca de que os aumentos no preço do petróleo possam ampliar o volume de processos de inadimplências.
Da mesma forma, o setor financeiro sofre com as perspectivas cada vez mais altas de um corte na taxa de juro pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central (BC) dos Estados Unidos. Os futuros do Fed Funds apontar uma probabilidade de 73,5% de cortes de 100 pontos-base até a próximo reunião do conselho de política monetária, segundo a CNBC.
Um novo corte na taxa de juros americana poderia levar ao valor entre 0% e 0,25%. Até a última sexta-feira, (6) as chances para esse cenário era de 0%.
O S&P 500 caiu a 7% por volta de 10h39 horário de Brasília desta segunda-feira, aos 2.766 pontos. Por causa dessa queda o circuit breaker foi acionado na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). As negociações foram suspensas por 15 minutos.
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