A S&P Global informou nessa segunda-feira (13) que revisou e resumiu suas projeções referentes as economias de mercados emergentes, assim, prevê que haverá uma contração média de 4,7% nesse ano, frente aos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A última projeção, em abril, previa uma uma retração de 1,8%. Além disso, a agência de classificação de risco indicou que todos os países devem ficar com cicatrizes permanentes.
“Projetamos que o PIB médio dos mercados emergentes (excluindo a China) caia 4,7% neste ano e cresça 5,9% em 2021. Os riscos permanecem sobretudo do lado negativo e atrelados à evolução da pandemia“, explicou a S&P Global.
Segundo a agência, a reavaliação referente as projeções dos Produto Interno Bruto (PIB) são reflexo da piora da pandemia em muitos mercados emergentes, somado ao impacto no comércio exterior.
Além disso, de acordo com a S&P, todos os mercados emergentes lidarão com perdas permanentes de produção. A S&P Global ainda destacou que 420 ações negativas sobre rating, feitas pela própria agência no primeiro semestre, foram em mercados emergentes.
Por sua vez, a América Latina deve apresentar um resumo de 7,4% no PIB em 2020, o que, segundo a agência, é a maior retração. O PIB Brasil deve cair 7% de acordo com a previsão.
Já na Ásia, a economia indiana deve ter um resumo de 5% durante esse ano fiscal, frente as dificuldades em controlar a Covid-19 e a fraca resposta política.
Em contrapartida, a agência prevê que a China anotará um avanço de 1,2% nesse ano ao passo que o crescimento no ano que vem deva ser de 7%. Segundo a S&P, reflexo dos fortes gastos com estímulos somado a gradual recuperação nas indústrias de serviços.
Coronavírus trará crise aos emergentes por até 5 anos, diz Banco Mundial
Os países de economia de baixa renda e os países emergentes deverão ser impactadas pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus pelos próximos 5 anos, apontou um estudo do Banco Mundial (BM) divulgado em meados de junho.
Veja também: Emergentes registram entrada de US$ 32,9 bilhões em junho, diz IIF
Devido às medidas de isolamento social, causando a paralisação econômica de diversas nações, o coronavírus já instaurou uma grave recessão no planeta, aponta a instituição. Em seu estudo, o Banco Mundial analisa quais mercados emergentes se recuperariam de forma mais rápida após o arrefecimento da crise nos sistemas de saúde.
Notícias Relacionadas