Após alterar a perspectiva de rating BB- do Brasil de estável para positiva, a agência de classificação de risco S&P fez o mesmo para várias empresas e bancos brasileiros nesta quinta-feira (15). Entre elas estão a Petrobras (PETR4), BRF (BRFS3) e Bradesco (BBDC4).
Segundo a S&P, essa mudança na nota para as empresas ocorre em todas as entidades corporativas ou infraestruturas com ratings direta ou indiretamente limitados pelo risco soberano do Brasil.
O rating do país significa um limite para um grande número de empresas, diante da avaliação de que um default soberano geraria também estresses no crédito para essas entidades.
Em comunicado, a Petrobras e a BRF dizem que a mudança de suas notas de crédito são reflexos da melhora na perspectiva para a nota de crédito do Brasil.
Empresas que tiveram perspectiva do rating alterada para positiva:
- BRF
- Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, a Coelba (CEEB3)
- CESP, Companhia Energética de São Paulo
- Sabesp (SBSP3)
- Companhia Energética de Pernambuco, Celp (CEPE3)
- Companhia Energética do Rio Grande do Norte
- EDP Espírito Santo Distribuição de Energia S.A.
- Energisa Paraíba-Distribuidora de Energia S.A.
- Energisa (ENGI11).
- Energisa Sergipe-Distribuidora de Energia S.A.
- MRS Logística S.A.
- Neoenergia (NEOE3)
- Petrobras
Bancos que também mudaram na perspectiva de rating:
- Bradesco
- BTG Pactual (BPAC11)
- China Construction Bank (Brasil) Banco Múltiplo S.A.
- Banco do Nordeste do Brasil
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
- Banco Santander (SANB11)
- Banco Votorantim
- Banco Citibank S.A.
- Banco Safra
- Banco ABC Brasil (ABCB4)
- Banco Cooperativo Sicredi
- Banco do Brasil (BBAS3)
- Banco Pan S.A.
- Caixa Econômica Federal (CEF)
- Haitong Banco de Investimento do Brasil S.A.
- Stone (STOC31)
S&P melhora perspectiva de nota do Brasil
Ontem (14), a S&P elevou a perspectiva de rating BB- do Brasil de estável para positiva. A mudança não acontecia desde 2019.
Em comunicado, a agência diz que a perspectiva reflete uma maior certeza de que uma política monetária e fiscal estável possa beneficiar as perspectivas de crescimento do PIB.
Para a S&P, o crescimento contínuo da economia, mais o arcabouço fiscal que se desenha, podem levar a um endividamento menor que o esperado do governo, o que poderia apoiar a flexibilidade monetária e sustentar a posição externa líquida do país.
No entanto, a S&P alerta que poderá revisar a perspectiva para estável nos próximos anos, caso exista uma implementação de política inadequada, levando a deterioração fiscal e um ônus de dívida maior que o esperado. “Uma deterioração na sinalização política também pode afetar os fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) e, assim, enfraquecer a forte posição externa líquida do Brasil”, afirma a companhia.
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