S&P 500 sobe com fala de Yellen; bolsas mundiais fecham sem sinal único
Com a posse do presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden cada vez mais próxima, o S&P 500 fechou em alta juntamente com a maioria dos principais índices acionários da Ásia. As bolsas europeias caíram com os impactos da covid-19 na região.
Nesta sessão, o mercado internacional esteve atento à fala da indicada de Joe Biden para assumir a secretaria do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, no Congresso americano, que vai votar sua permanência no cargo. Hoje, o S&P 500 subiu 0,81%.
A ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) defendeu o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão (cerca de R$ 10,15 trilhões) anunciado na semana passada pelo futuro líder da Casa Branca e instou os congressistas a agirem com “grandeza” para enfrentar a crise.
No decorrer desta semana, os investidores deverão repercutir as primeiras medidas de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos. O democrata tomará posse nesta quarta-feira (20).
Pacote de alívio de Joe Biden
Na última quinta-feira (14), Biden anunciou um pacote de US$ 1,9 trilhão para sustentar famílias e empresas, além de estimular o movimento econômico.
O projeto, no entanto, deve enfrentar obstáculos em Washington. De acordo com a agência Bloomberg, parlamentares do partido Republicano já começam a mostrar resistência ao pacote de estímulos em razão de sua abrangência, especialmente no que concerne a pontos como aumento do salário mínimo e expansão de licenças familiares e médicas.
O governo Biden terá maioria no Senado americano, mas com margem apertada: tem apenas o voto de Minerva da futura presidente da casa, a vice-presidente eleita Kamala Harris. Segundo o sistema de notícias Broadcast, o pacote ainda deve ser enxugado pelos deputados e senadores para passar no Congresso americano.
S&P 500 sobe com discurso de Yellen
Em Nova York, os três principais índices acionários americanos voltaram do feriado do Dia de Martin Luther King, na última segunda-feira (18), para fechar o pregão em alta, de olho na perspectivas de estímulos à economia.
- Nova York (S&P 500): +0,81% – 3.798,91
- Nova York (Dow Jones Industrial): +0,38% – 30.930,52
- Nova York (Nasdaq Composite): +1,53% – 13.197,18
Além do discurso de Yellen, chamou a atenção do mercado os resultados do Goldman Sachs (NYSE: GS), superando a expectativa dos analistas; e do Bank of America (NYSE: BAC), cujos números desapontaram as previsões.
Europa recua com covid-19
As bolsas da Europa encerram em queda hoje conforme os investidores continuam a avaliar os impactos do novo coronavírus sobre o continente, que levou os governos a decretarem medidas de restrição para conter a disseminação da doença.
- Europa (Stoxx Europe 600): -0,19% – 407,92
- Londres (FTSE 100): -0,11% – 6.712,95
- Frankfurt (DAX 30): -0,24% – 13.815,06
- Paris (CAC 40): -0,33% – 5.598,61
- Milão (FTSE MIB): -0,25% – 22.441,72
- Madri (IBEX 35): -0,67% – 8.199,00
- Lisboa (PSI-20): +0,35% – 5.077,21
Por lá, ainda se desenrola a crise política na Itália, que poderia resultar na saída do primeiro-ministro, Giuseppe Conte.
Índices da Ásia fecham majoritariamente em alta
Já os mercados asiáticos encerram sem direção única, com os investidores atentos à dança das cadeiras em Washington.
- Hong Kong (Hang Seng): +2,70% – 29.642,28
- Xangai (SSE Composite): -0,83% – 3.566,38
- Tóquio (Nikkei 225): +1,39% – 28.633,46
- Seul (Kospi): +2,61% – 3.092,66
Apesar da maioria azul, a Bolsa de Xangai fechou na contramão do S&P 500 e dos principais índices da Ásia. O movimento é reflexo de um ajuste no mercado.
(Com informações do Estadão Conteúdo)