S&P 500 fecha em queda de 1,48% após anúncios do Fed na quarta-feira
Os títulos de longo prazo do governo dos EUA enfraqueceram nesta quinta-feira (18), depois que o Federal Reserve (Fed) elevou suas previsões de crescimento e inflação, mas manteve os planos de manter as taxas de juros de curto prazo baixas até pelo menos 2024. Já o S&P 500, fechou em queda de 1,48%, a 3,915.46 pontos.
Além do S&P 500, o Nasdaq Composite teve forte queda de 3,02%, a 13,116.17 pontos. Por sua vez, o Dow Jones Industrial caiu 0,46%, a 32,862.30 pontos.
O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos, referência para os custos de empréstimos nos mercados financeiros globais, saltou além de outro marco para negociar acima de 1,75%, até 0,1 ponto percentual, antes de recuar para 1,73% à tarde em Nova York.
Os títulos do Tesouro com vencimento em 30 anos também estiveram sob pressão no pregão, com o rendimento subindo 0,06 pontos percentuais para 2,47%, o nível mais alto desde 2019. As notas de curto prazo de dois anos sofreram poucas alterações, rendendo 0,159%.
Para o estrategista da RB investimentos, Gustavo Cruz, o mercado hoje seguiu afetado pelas decisões do Fed da última quarta-feira.
O Federal Reserve projetou um rápido salto no crescimento econômico do país em 2021, à medida que a crise da Covid-19 perde força, e repetiu a promessa de manter sua meta de juros próxima de zero nos próximos anos.
A previsão do Fed é de um crescimento de 6,5% na economia em 2021, com a taxa de desemprego caindo para 4,5% até o final do ano, ante crescimento de 4,5% e desemprego de 5% calculados em sua reunião de política monetária de dezembro.
Ontem, o Fed também aumentou sua projeção mediana de crescimento e inflação na maior economia do mundo, antecipando que o estímulo econômico de US$ 1,9 trilhão do presidente dos EUA Joe Biden e uma rápida implementação das vacinas Covid-19 irão impulsionar as perspectivas.
Além disso, os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos avançaram 45 mil na semana encerrada em 13 de março, a 770 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira (18) pelo Departamento do Trabalho do país.
O resultado semanal do auxílio-desemprego contrariou expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal e do Investing.com, que previam uma queda a 700 mil solicitações. O total de pedidos da semana anterior foi revisado ainda para cima em 13 mil, chegando a 725 mil.
O número de pedidos continuados apresentou redução de 18 mil na semana encerrada em 6 de março, ficando em 4,124 milhões. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.
Mercados globais
Além dos EUA, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior:
- Londres (FTSE 100): +0,25%
- Frankfurt (DAX 30): +1,23%
- Paris (CAC 40): +0,13%
- Milão (FTSE/MIB): +0,33%
- Hong Kong (Hang Seng): +1,28%
- Xangai (SSE Composite): +0,51%
- Tóquio (Nikkei 225): +1,01%
Última cotação S&P 500
Na última quarta-feira (17), o S&P 500 teve alta de 0,29%, a 3,964,12 pontos.