S&P 500 perde 0,46% com indicador fraco do mercado de trabalho
O S&P 500 se afastou de sua máxima recorde alcançada na véspera, após relatório indicar desaceleração do mercado de trabalho americano em julho. As bolsas de valores de Wall Street fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira (4).
Nove dos 11 setores do S&P 500 fecharam em baixa. Tanto as ações industriais quanto as de energia caíram após dados fracos de emprego privado.
Em relação aos principais índices, o Dow Jones fechou em queda de 0,92%, a 34.793,06 pontos e o S&P 500 caiu 0,46%, a 4.402,69 pontos. Já o Nasdaq avançou 0,18%, a 14.780,53 pontos.
O índice de tecnologia Nasdaq contrariou a tendência depois de outro relatório mostrar que a atividade da indústria de serviços dos EUA saltou em ritmo recorde no mês passado, sugerindo que uma recuperação econômica mais ampla está no caminho certo.
Mas as outras bolsas seguiram o Relatório Nacional de Empregos da ADP. O documento referente a julho indicou que a criação de vagas do setor privado ficou em 330 mil no mês. O valor representa a metade do esperado por especialistas (695 mil).
Isso mostra aos investidores que a economia ainda possui um grande caminho para percorrer antes da retomada: a taxa de desemprego no país hoje é de aproximadamente 5,8%, enquanto antes da pandemia era de menos de 3,5%.
Não se trata do relatório mais significativo para números de emprego dos Estados Unidos, mas serve como um termômetro para o mercado financeiro. Os números oficiais serão divulgados na sexta-feira, dia 06, pelo Departamento de Trabalho, com o payroll.
Mesmo assim, os números foram fracos e afetaram as bolsas de valores, como o S&P 500 e o Dow Jones. Além disso, as ações da General Motors registraram seu pior dia em mais de um ano, apesar de a empresa ter reportado um Ebitda recorde.
Os papéis no S&P 500 caíram 8,91% e terminaram cotados em US$ 52,72. No fechamento do dia anterior, a ação valia US$ 57,88.
Petróleo tem forte queda com Delta
Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda, pressionados pelas preocupações com a variante Delta do coronavírus e seu potencial impacto na demanda. Também afetaram o S&P 500.
O WTI perdeu a marca dos US$ 70 por barril em Nova York. A publicação dos dados semanais de estoques nos Estados Unidos, que apresentaram uma elevação, enquanto o esperado por analistas era uma queda, teve um impacto tímido no mercado.
O barril do petróleo WTI com entrega prevista em setembro recuou 3,42% (US$ 2,41), a US$ 68,15, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na Intercontinental Exchange, o barril do Brent para outubro fechou em baixa de 2,80% (US$ 2,03), a US$ 70,38 o barril.
O petróleo estendeu as quedas das duas primeiras sessões da semana, de olho em mais possíveis impactos da disseminação do coronavírus à recuperação de algumas das principais economias globais. O principal foco das preocupações é a Ásia, onde China e Japão registram alguns dos piores índices de contaminação pelo vírus desde o início da crise sanitária.
S&P 500: cotação na terça-feira (3)
O S&P 500 encerrou terça-feira (3) em uma máxima recorde de fechamento, após subir 0,82%, aos 4.423,15 pontos.