O S&P 500 opera em queda no mercado futuro na manhã desta sexta-feira (20), e caminha para encerrar a semana no vermelho. Até o fechamento de ontem, o maior índice acionário norte-americano havia caído 1,4%, o que deve contribuir para a maior queda semanal desde meados de junho.
Por volta das 8h39, o S&P 500 caía 0,37%, para 4.389,60 pontos. A Nasdaq, por sua vez, recuava 0,19%, para 14.905,60 pontos. O rendimento das Treasuries de 10 anos recua para 1,235%, de 1,241% na quinta-feira, mostrando que o mercado está procurando mais segurança nos títulos públicos.
Ao longo desta semana, o mercado acionário mundial foi abalado por preocupações sobre uma nova onda de infecções pelo novo coronavírus, sobretudo da variante Delta nos Estados Unidos.
O presidente Joe Biden incentivou as grandes empresas do país a exigirem de seus colaboradores a vacinação contra o vírus.
Além disso, o medo pela desaceleração econômica chinesa abalou o otimismo com a recuperação global, além de derrubar o preço das commodities. Na madrugada de ontem, o minério de ferro caiu 13% no porto de Qingdao, na China.
Ademais, os mercados ainda digerem os dados apresentados pelo Federal Reserve (Fed) na ata da última reunião. A percepção do mercado é que o aumento da taxa de juros e arrefecimento do ritmo de compras de ativos estão mais perto do que o imaginado há semanas.
“A postura dos investidores nesta manhã ainda é muito defensiva. Dados econômicos na Europa, como as vendas no varejo do Reino Unido, vieram piores do que o esperado”, comenta o economista do Banco BV, Roberto Padovani.
S&P 500 e as Bolsas mundiais
Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 8h54:
- S&P 500: -0,41%
- Nasdaq: -0,19%
- DAX 30 (Alemanha): -0,45%
- FTSE 100 (Inglaterra): -0,06%
- Euro Stoxx 50: -0,12%
- SSE Composite (Xangai): -1,10% (fechada)
- Nikkei 225 (Japão): -0,98% (fechada)
Após iniciar com o pé direito, agosto tem um cenário de cautela, com os mercados preocupados com a recuperação econômica mundial. Ademais, o S&P 500 e as Bolsas ainda digerem o desdobramento das pressões inflacionárias norte-americanas e a retirada de estímulos mundo afora.