S&P 500 cai mais de 1% no mercado futuro, com liquidação de tecnologia

O S&P 500 ensaia um aprofundamento da queda do último pregão e negocia em baixa no mercado futuro desta terça-feira (11). O índice é impactado pela liquidação das empresas de tecnologia, em função da percepção de inflação nos Estados Unidos.

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Por volta das 9h15, o S&P 500 recuava 1,11%, para 4.137,12 pontos. A Nasdaq, por sua vez, caía 1,89%, a 13.103,88 pontos. Acompanhando o mau humor estrangeiro, o Ibovespa futuro abriu em queda de 0,75%, na casa dos 121 mil pontos.

Ontem, a Nasdaq caiu 2,55% no mercado à vista, penalizando as empresas que se beneficiaram das taxas de juros praticamente zeradas em todo o mundo nos últimos anos. Com a noção de que a inflação pode voltar com força nos próximos meses, o mercado teme que o Federal Reserve (Fed) eleve as taxas de juros antes do esperado.

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A medida das expectativas de inflação dos Estados Unidos atingiu o nível mais alto desde 2006. Além do cabo de guerra que vem sendo travado entre o mercado e o Fed, sobretudo em função do quanto a política acomodatícia monetária é sustentável, os investidores também observam o ciclo de alta das commodities, com a escassez de oferta e interrupções nas cadeias de suprimento.

minério de ferro e o aço atingiram suas máximas históricas ontem, enquanto o cobre também opera em patamar elevado. A gasolina pode atingir sua máxima em sete anos, segundo a Bloomberg, por conta de um ataque cibernético nos sistemas do maior oleoduto da costa leste norte-americana.

A liquidação das ações nos Estados Unidos também chegou à Europa — com potencial de maior devastação. Enquanto o indicador preço/lucro da Nasdaq, Bolsa puramente tecnológica, está em 26 vezes, o índice de ações de tecnologia do Velho Continente está em 29 vezes, múltiplo acima da média histórica.

O relatório de inflação dos Estados Unidos será divulgado na próxima quarta-feira (12), junto a uma série de leilões de títulos públicos do governo. Os investidores ficam no aguardo do relatório mensal do mercado de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que será apresentado nesta tarde.

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“A história nesta manhã tem relação com a alta das Treasuries de 10 anos, que voltaram a operar acima dos 1,6%, elevando o temor por inflação”, disse o economista do Banco BV, Roberto Padovani. “Dados econômicos na Alemanha e China foram positivos, mas estão em segundo plano hoje, com aversão ao risco e mercados tensos.”

S&P 500 e as Bolsas mundiais

Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 9h28:

  • S&P 500 futuro: -1,24%
  • Nasdaq futuro: -1,93%
  • DAX 30 (Alemanha): -2,44%
  • FTSE 100 (Inglaterra): -2,66%
  • Euro Stoxx 50: -2,64%
  • SSE Composite (Xangai): +0,40% (fechada)
  • Nikkei 225 (Japão): -3,08% (fechada)

As bolsas mundiais abriram maio de forma positiva, mas devolvem parte dos ganhos com as recentes quedas. O S&P 500 e os mercados internacionais também observam o desdobramento dos novos estímulos monetários do presidente Joe Biden e o impactos da pandemia no mundo.

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Jader Lazarini

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