Em tendência de recuperação, o futuro do S&P 500 opera em alta na manhã desta segunda-feira (21), após o agito da última semana com a política monetária sob os holofotes do mercado. A cautela maior do que o esperado do Federal Reserve (Fed) fez com que os investidores ficassem com um pé atrás.
Por volta das 7h40, o S&P 500 subia 0,45%, para 4.172,38 pontos. A Nasdaq, por sua vez, avançava 0,49%, a 14.104,38 pontos. A última semana marcou a maior baixa do Dow Jones em sete meses, com o BC norte-americano dando indícios de que pode elevar a taxa de juros antes do previsto.
Com o aumento da inflação, oriundo do forte crescimento econômico, que por sua vez foi estimulado pela vancinação em massa, o Fed tem como ferramenta estancar o aumento dos preços com a alta da taxa de juros, que atualmente está no intervalo entre 0% e 0,25%. Isso poderia reduzir o apetite por ativos de risco, como ações.
Contudo, o cenário aparenta estar mais limpo nesta manhã, com as Treasuries dando um tom de alívio. Os títulos públicos de 10 anos caem para 1,423%, de 1,449% na última sexta-feira (18). O rendimento cai em sentido contrário aos preços.
As notas do governo caíram por cinco semanas consecutivas, após atingirem 1,8% em meados de março. Os investidores tem observado que, no longo prazo, a taxa de juros tende a ficar mais baixa em função de um crescimento menos acentuado do que hoje, mesmo que a inflação atual seja preocupante.
Após a alta na última semana, o índice do dólar (DXY) opera em estabilidade a US$ 92,06. A divisa norte-americana ganhou força após o Fed dar a entender que está mais rígido com suas políticas de liquidez abundante.
Nesta segunda, integrantes do Fed de St. Louis, Dallas e Nova York devem se pronunciar. Além disso, as atenções também ficam voltadas à presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que falará ao Parlamento Europeu.
Amanhã, o presidente do Fed, Jerome Powell, testemunhará em audiência do Subcomitê da Câmara sobre o programa de compra de ativos do BC. Na quinta-feira (24), o Banco da Inglaterra decidirá sua taxa de juros.
“O noticiário ainda dá destaques para o tom hawkish do Fed, dando sinais de que a elevação dos juros pode ocorrer mais cedo do que o esperado”, comenta a Ativa Investimentos. A corretora destaca a forte queda do mercado japonês, acentuado pelos setores automotivo e bancário.
S&P 500 e as bolsas mundiais
Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 7h57:
- S&P 500 futuro: +0,48%
- Nasdaq futuro: +0,47%
- DAX 30 (Alemanha): +0,70%
- FTSE 100 (Inglaterra): +0,16%
- Euro Stoxx 50: +0,48%
- SSE Composite (Xangai): +0,12% (fechada)
- Nikkei 225 (Japão): -3,29% (fechada)
Os mercados operam em junho de forma estável, próximos de suas máximas históricas, majoritariamente. O S&P 500 e os mercados internacionais, entretanto, digerem o desdobramento das pressões inflacionárias nos Estados Unidos e a recuperação econômica em meio à pandemia.
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